Lubango – Seis represas vão ser construídas, este ano, nos municípios de Caconda, Caluquembe, Chicomba, Chibia, Gambos e Humpata, na província a Huíla, para irrigar 300 hectares agrícolas, no quadro do Programa de Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional (FRESAN).
Trata-se de uma empreitada avaliada em 387 milhões 641 mil 228 kwanzas, repartida em três lotes, sendo o primeiro, avaliado em 123.213.859,65 kwanzas e prevê a construção de sistemas de irrigação de água na localidade de Caculuvar (Gambos) e no Jau (Chibia).
O segundo é de 131.044.385,97 kwanzas, contempla a represa das localidades do Caholo (Humpata) e do Giraúl (Caluquembe), ao passo que a terceira, prevê a construção das de Chandamba (Chicomba) e do Waba (Caconda), num valor fixado de 133.382.982,46 kwanzas.
Fruto das referidas obras, foi lançado, em Janeiro último, um concurso público para a concepção de tais infra-estruturas na província da Huíla, um projecto que abrange, igualmente, o Cunene, que vai ser contemplado com 10 pequenas represas em seis municípios, avaliadas em mais de 388 milhões de kwanzas.
Ao falar da iniciativa, o coordenador-adjunto do FRESAN na Huíla, Adalberto Chiquete, afirmou que o objectivo é irrigar pelo menos 300 hectares das famílias camponesas, minimizar o impacto da seca nas culturas produzidas e aumentar a sustentabilidade dos beneficiários.
Afirmou estar-se a consolidar projectos iniciados de vários parceiros de implementação do FRESAN, uma vez que 75 por cento definidos para os 10 dos 14 municípios da província já foram concluídos e entregues às comunidades.
Na Huíla, segundo a fonte, o Programa de Fortalecimento da Segurança Alimentar e Nutricional está implementado em 10 municípios, com projectos subvencionados e de implementação directa, que pretendem alcançar perto de 900 mil pessoas.
O FRESAN tem como objectivo contribuir para a redução da fome, da pobreza e da vulnerabilidade à insegurança alimentar e nutricional nas províncias do sul do país mais afectadas pelas alterações climáticas, nomeadamente a Huíla, o Cunene e o Namibe.
Financiado pela União Europeia, o programa é co-gerido parcialmente pelo Camões, I.P., pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Vall d’Hebron.
Tem o enfoque no fortalecimento da agricultura familiar sustentável, na melhoria da situação nutricional da população, no acesso à água, na adaptação às alterações climáticas, no reforço dos sistemas de informação sobre segurança alimentar e nutricional, e no apoio ao desenvolvimento de capacidades nas instituições. EM/MS