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Fezenda Mandume prevê colher 350 toneladas de milho

     Agricultura              
  • Huambo • Terça, 26 Novembro de 2024 | 10h26
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Lançamento de semenete de milho na fazenda Mandume, na comuna do Cuima, município da Caála
Lançamento de semenete de milho na fazenda Mandume, na comuna do Cuima, município da Caála
Júlio Vilinga-Angop
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Proprietário da Fazenda Mandume, Bernardino Eduardo Francisco
Proprietário da Fazenda Mandume, Bernardino Eduardo Francisco
Júlio Vilinga-ANGOP

Caála - A fazenda Mandume, localizada no município da Caála, província do Huambo, prevê colher, na presente campanha agrícola, 350 toneladas de milho, para abastecer o mercado interno e exportar o excedente para a República Democrática do Congo.

A informação foi prestada, esta terça-feira, à ANGOP, pelo seu proprietário, Bernardino Eduardo Francisco, de 45 anos de idade, ao salientar que a produção está a ser feita numa área de 300 hectares.

Lembrou que na época passada conseguiu colher 230 toneladas de milho, produzidos em 120 hectares, que, depois de transformar em farinha por sistemas de moangeiras montadas no Pólo de Desenvolvimento Industrial da Caála, exportou 40 mil quilos para a República de Democrática do Congo (RDC).

O agricultor explicou que a fazenda, instalada na aldeia de Chandjela, comuna do Cuima, a 83 quilómetros a Sul da cidade do Huambo, dispõe de uma área de total de mil e 15 hectares, porém utiliza apenas 360, por falta de equipamentos de produção, com realce para tractores.

Bernardino Eduardo Francisco informou que do investimento feito para a presente campanha agrícola, estimado em 15 milhões de Kwanzas, três milhões foram alocados no aluguer de tractores, a razão de 100 mil/dia, para o desbravamento da terra, uma situação que está a condicionar o alargamento das áreas de produção da fazenda, banhada pelo rio Kunhoñguama.

Segundo o produtor, para além do milho para o consumo, a fazenda produz, igualmente, sementes melhoradas do cereal que têm sido distribuídas a outros produtores de grande porte e para as famílias camponesas da localidade, com o objectivo de estimular a produção agrícola.

Adiantou que a fazenda, assegurada por 12 trabalhadores efectivos e 50 eventuais, dedica-se, também, ao cultivo de soja, pipoca, feijão, cebola, repolho, couves, tomate e citrino, numa área total de 60 hectares.

Disse que para a presente campanha agrícola a fazenda dispõe de 405 sacos de adubo 12/24/12, dos quais 80 por cento subvencionado pela Administração do município da Caála,

Em operação desde 2020, conta, ainda, com mil 500 abacateiros, 145 mamoeiros e 80 bananeiras, uma experiência que visa diversificar a produção.

Bernardino Eduardo Francisco informou que, no quadro das responsabilidades sociais, a fazenda está suportar a formação académica e técnico-profissional dos filhos de algumas famílias camponesas circunvizinhas e trabalhadoras da mesma.

No domínio da pecuária, fez saber que o projecto conta com 100 cabeças de gado bovino, 80 ovelhas e 40 caprinos, cujo próximo passo consistirá na abertura de um talho, na cidade da Caála, para aumentar a oferta da carne.

Um outro desafio, conforme o fazendeiro, deverá passar pela abertura de tanques para a criação de peixe cacusso (tilápia) de modo a satisfazer a procura e garantir mais emprego para os jovens do Cuima e não só.

A província do Huambo, localizada no Planalto Central, possui 525 fazendas de pequeno, médio e grande porte, com uma área disponível, na presente campanha agrícola, de 492 mil 468,6 hectares.

Quanto ao sector familiar, conta com 296 mil e 76 famílias camponesas, com um espaço de cultivo de 379 mil 687,87 hectares.

No cômputo geral, esta região dispõe 872 mil 156,46 hectares, distribuídos para o sector familiar e empresarial, uma previsão de colher um milhão 800 mil toneladas de produtos diversos, mais 10.8 comparativamente à época anterior.

Entre as culturas, destacam-se cereais, leguminosas, tubérculos e hortícolas, a serem produzidas nos municípios do Bailundo, Caála, Cachiungo, Chicala-Cholohanga, Chinjenje, Ecunha, Huambo, Londuimbali, Longonjo, Mungo e Ucuma, para reforçar a dieta alimentar da população e a rentabilidade das culturas, com foco no combate à pobreza familiar,

Refira-se que parte da produção, sobretudo, as hortícolas e os tubérculos são escoados para os mercados informais da Quissala “Vulgo Alemanha”, no Huambo, e do 30, em Luanda, capital do país. ALH

 

 





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