Chinguar – A Fazenda Vinevala poderá dar início à transformação do trigo em farinha, a partir de Setembro deste ano, como resultado da instalação, dentro de dias, de uma unidade industrial no local.
A unidade fabril, segundo o proprietário da fazenda, Alfeu Vinevala, que falava à imprensa à margem do início da colheita do trigo, tem capacidade para transformar 30 toneladas por dia.
Na fazenda situada no município do Chinguar, a 75 quilómetros a Oeste da cidade do Cuito, estão a ser colhidas mais de 10 mil toneladas de trigo, com 50 por cento para ser transformada em farinha, pela primeira vez.
Os outros 50 por cento da produção, adiantou, já têm compradores, sobretudo o Governo, através do Ministério da Agricultura e Floresta.
O trigo foi plantado num espaço de três mil hectares.
Alfeu Vinevala adiantou que a implementação da unidade fabril vai agregar valências e reforçar a promoção da empregabilidade. Conta, actualmente, com mais de quatro mil trabalhadores, entre directos e indirectos.
Informou também estar em processo de aquisição uma outra indústria para a produção de massa alimentar, cujos benefícios poderão se reflectir já na próxima campanha agrícola.
O fazendeiro perspectivou o aumento da produção para 20 mil toneladas em sete mil hectares nas próximas campanhas, por possuir agora 15 tractores, contra os dois que tinha inicialmente, e duas outras máquinas especializadas.
Alfeu Vinevala referiu ser objectivo da fazenda ajudar o Executivo angolano a acabar com as importações, fortalecer a cadeia produtiva e combater a pobreza e a fome no seio das comunidades.
Por sua vez, o governador do Bié, Pereira Alfredo, enalteceu a iniciativa do fazendeiro em estimular e capacitar outros camponeses locais no fomento da agricultura, sobretudo no cultivo do trigo, que hoje se tornou bandeira na província.
Por este motivo, reiterou mais apoio do Governo aos pequenos e grandes produtores desta região, de maneira a contribuírem significativamente no desenvolvimento da agricultura familiar, na maximização dos produtos agrícolas, bem como na segurança alimentar.JEC/PLB