Samba Lucala - A Fazenda Samba Lucala, no Cuanza-Norte, será incorporada nos planos de negócios do Instituto de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (ISS FAA), tendo em vista a produção para sustentabilidade do órgão.
Em declarações à imprensa, quarta-feira, o secretário de Estado para a Indústria Militar, Afonso Neto, esclareceu que com projectos agro-pecuários, o ISS das FAA “foi chamado a desenvolver um plano de negócios que lhe possibilitará maiores fontes de rendimento.
O secretário de Estado falava na cerimónia de passagem efectiva da fazenda do Ministério da Agricultura e Florestas para o da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, acto presenciado pela vice-governadora provincial do Cuanza-Norte para o sector Político, Económico e Social, Luzia José, que garantiu o apoio incondicional do Governo local para a materialização das acções ligadas à produção.
Segundo Afonso Neto, a passagem da fazenda à esfera militar constitui o corolário do cumprimento de mais uma missão, face a experiência demonstrada na gestão e produção das fazendas agro-industriais de Camacupa, na província do Bié, e de Manquete, no Cunene.
Considerou que, em função da magnitude, o empreendimento de Samba Lucala, na província do Cuanza-Norte, carecerá de especialistas em ciências agrárias para ajudar a catapultá-la e contribuir para alimentação do efectivo.
Por sua vez, o secretário de Estado para Florestas, João da Cunha, referiu que a fazenda representa o compromisso do Executivo de focalizar suas acções no sector agrícola, aumentar os níveis de produção, a dieta alimentar e reduzir as importações.
Com 3.229 hectares de área bruta, são explorados actualmente 200 hectares nesta fazenda, cuja campanha agrícola 2002/2023 teve uma safra de 5.200 toneladas de grãos e cereais. Perspectiva-se que, além de grãos e cereais, será cultivado no perímetro café e horticultura.
Ainda no Cuanza-Norte, as FAA vão investir na avicultura e na criação de gado, prevendo-se que as primeiras “matrizes” para a criação dos animais virão da África do Sul, segundo o responsável do centro de investimentos do ISS, Fábio Belo.
“Começamos a preparar projectos para passarmos propriamente para produção de bovinos, ovinos, suínos e caprinos”, disse, indicando que o excedente, quer de produtos agrícolas, como de carne, será direccionado ao mercado.
A produção será assegurada por ex-militares. FM/IMA/VC