Quipungo – Pelo menos 500 hectares estão a receber semente de milho, desde Outubro, na Fazenda Muyapi, no município de Quipungo, província da Huíla, onde até Março de 2023 espera-se colher quatro mil toneladas.
Após a primeira sementeira de milho lançada em Novembro de 2021, em 200 hectares, onde foram colhidas duas toneladas e 800 mil kg de cereais diversos, a fazenda expandiu o campo agricultável para mais 300 hectares e aposta agora na produção do massango, massambala e feijão, assim como na criação de gado bovino de corte.
A Fazenda Muyapi, na língua local Nyaneka, em português significa “aonde vão”, está localizada na comuna da Cainda, a 32 km a Oeste da sede do município de Quipungo, implantada numa área de 1.500 hectares, dos quais 500 estão a ser cultivados, suportados por um sistema de regra com oito pivôs.
O investidor do projecto, Paulo Ciero, disse que a fazenda é um investimento privado que começou há três anos e conta já com 30 trabalhadores, sem no entanto avançar o valor do investimento.
Está direccionada à produção de milho, massango e massambala, contando com a parceria da empresa da produtora de sementes Jardins de Yoba, especialista na produção de semente melhorada, assim como da Administração Municipal de Quipungo, no que diz respeito ao escoamento da produção.
Em termos de mercado, segundo o agricultor, a Huíla absorve parte da produção, com destaque para os municípios do Lubango e da Matala, enquanto as províncias do Huambo, Benguela e Luanda têm sido o destino do milho e da fuba produzida pela sua componente industrial.
A Muyapi, conforme Paulo Ciero, dispõe de um parque industrial que transforma parte da produção, com destaque para o milho em fuba e almeja atingir as metas de produção, contribuindo para a estabilidade socioeconómica da Huíla e do país, no mais curto espaço de tempo, a julgar pelo potencial existente e vontade de fazer acontecer.
O município de Quipungo, a 120 quilómetros a Leste do Lubango, a semelhança da Matala e Chicomba, faz parte do chamado “triângulo do milho”, que coloca no mercado perto de 150 mil toneladas do produto no final de cada época agrícola.