Menongue - Pelo menos 450 mil dólares americanos foram gastos, nos últimos meses, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), no combate à praga de gafanhotos nas províncias do Cuando Cubango, Cunene, Namibe, Huíla e Benguela.
O facto foi revelado terça-feira, em Menongue, pelo ponto focal da FAO, Mpanzo Domingos, à margem de uma formação de treinamento sobre monitorização dos gafanhotos com o uso de aplicativo “Elocust3”, por formas a ajudar a combater ameaças da peste e proteger as culturas em zonas afectadas.
Conforme o responsável, os valores em causa eram, em princípio, direccionados para o Cuando Cubango, mas em função de a praga ter-se estendido para outras províncias, 15 por cento serviu para cobrir algumas actividades desenvolvidas no Cunene, Namibe, Huíla e Benguela.
Anunciou que os 85 por cento foram gastos no Cuando Cubango, na aquisição de meios e equipamentos especializados para controlo e monitorização da praga de gafanhotos.
Mpanzo Domingos adiantou que a organização tem ainda 200 mil dólares para actividade de monitorização da praga de gafanhotos em Angola.
De acordo com Mpanzo Domingos, neste período, foram controladas cerca de 26 mil hectares de terreno, mapeados 5 milhões de hectares no Cuando Cubango, dos quais 4 milhões foram áreas afectadas pela praga, e pulverizadas (via a aérea) cerca de 350 hectares.
Neste momento não há relatos de praga de gafanhotos no Cuando Cubango, onde os municípios mais afectados foram Menongue com 40 hectares, Rivungo 550, Cuangar 600, Mavinga 450, Calai 500, Dirico com 110, o que perfaz um total de dois mil e 250 hectares destruídos com as culturas de milho, massango e massmbala, incluindo os fenómenos de estiagem e de inundações.