Huambo – Seiscentos e 44 mil dólares norte-americanos é montante disponibilizado pelo Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), para apoiar mil 840 escolas de campo da província do Huambo, durante a campanha agrícola 2022/2023.
A iniciativa, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA) e do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização (MOSAP II), visa incentivar os camponeses com sementes diversas, fertilizantes e equipamentos de trabalho, com objectivo de aumentarem os níveis de produção.
Ao falar à ANGOP, esta quarta-feira, o coordenador da FAO no Huambo, César Valência, informou que os valores servirão para a compra de instrumentos de produção, a razão de 350 dólares norte-americanos para cada uma das mil 840 escolas de campo, das duas mil existentes nesta região do Planalto Central.
Paralelamente, disse, os camponeses serão capacitados em matérias de gestão financeira agrária e técnicas de produção, a que se seguirá a avaliação do nível de organização das escolas do campo.
Referiu tratar-se de escolas constituídas nos municípios do Bailundo, Caála, Cachiungo, Chicala-Cholohanga, Ecunha, Huambo, Londuimbali e Mungo, com avaliação, em cada uma das três fases da campanha agrícola, dos níveis de produção e das bases técnicas, com foco na sua transformação em cooperativas.
César Valência explicou que as escolas de campo são constituídas, no mínimo, por 30 membros, que planificam a implementação, em cada campanha agrícola, as técnicas aprendidas durante o período de formação.
O responsável disse que a FAO, em parceria com o IDA e o projecto MOSAP II, está a apostar, desde 2020, no fortalecimento das capacidades técnicas, produtivas e financeiras dos pequenos agricultores, a fim de evoluírem para cooperativas de camponeses e terem acesso ao financiamento bancário.
Escolas de campo de agricultores são espaços de aprendizagem continuada, participativa e colectiva de grupos, associações ou cooperativas de agricultura familiar, que visam melhorar as suas condições de vida, através do reforço de capacidade nas práticas agro-alimentares sustentáveis e do empoderamento para a tomada de decisões, no contexto sociocultural das comunidades rurais de Angola.