Menongue - A Organização das Nações Unidas para Alimentação (FAO) em Angola vai continuar a prestar o suporte técnico a Angola, em especial ao Ministério da Agricultura, para a busca de possíveis valências ao nível nacional e internacional, para que o país atinja, com celeridade pretendida, a auto-suficiência alimentar.
A garantia foi reiterada quinta-feira, na cidade de Menongue, capital do Cuando Cubango, pelo coordenador da FAO em Angola, Domingos Panzo, no fim do workshop provincial de diálogo e consulta pública sobre a Política Nacional da Agricultura Familiar, em que participaram representantes de principais intervenientes da agricultura familiar.
O responsável realçou que o papel da FAO é de dar um suporte técnico ao governo de Angola no diz respeito a matéria de alimentação e agricultura.
Segundo informou, anualmente Angola tem um crescimento populacional de 3%, que exige, igualmente, a mudança de estratégias de produção para acompanhar o tal aumento, com vista ao combate de pessoas na condição de vulnerabilidade.
Defendeu que, para haver suficiente alimentar em Angola, tem de existir, essencialmente, políticas claras de produtividade agrícola e aumento da disponibilidade de alimentos junto da população, exigindo, por isso, saber o que se tem da produção nacional, para a redução de importações.
Sobre a consulta pública, Domingos Panzo aclarou que a mesma serviu de recolha de subsídios dos intervenientes locais, cuja participação foi positiva, porquanto vai ajudar a desenhar uma política condizente às necessidades mais prementes para os próximos desafios, no sector da agricultura.
Por seu turno, o director da Agricultura, Pecuária e Pescas no Cuando Cubango, José Luís Jonatão Navalha, considerou a agricultura familiar um sector estratégico para a manutenção e recuperação do emprego, redistribuição da renda e garantia da soberania alimentar do país, bem como para a construção do desenvolvimento sustentável.
Para o efeito, apontou a importância da implementação da diversificação rural/agrícola, uma vez que poderá diminuir os riscos de se ter apenas uma actividade, como principal fonte de renda e manutenção familiar.
Já o vice-governador do Cuando Cubango para os serviços técnicos e infra-estruturas, João Bonifácio Cassanga, destacou, na ocasião, as políticas do Executivo de cedências de créditos bancários, através de vários projectos com baixas taxas de juros, para apoiar investidores dos variados sectores a nível do país, principalmente agrícola
Participaram da consulta representantes das associações e cooperativas ligados aos sectores da agricultura, pesca e pecuária dos nove municípios do Cuando Cubango, representantes municipais da agricultura, da banca, estudantes, entre outros convidados. ALK/FF/PLB