Ondjiva – Duas mil e 135 famílias camponesas da província do Cunene foram inseridas, nos últimos dois anos, nas escolas de campo, para aprenderem técnicas de produção de hortaliças, no âmbito da agricultura familiar sustentável.
A informação foi prestada esta terça-feira, à ANGOP, pelo coordenador do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), no Cunene, Humberto Alves, referindo que o projecto, com duração de quatro anos, tem como foco as mulheres.
Enquadrado no Projecto de Fortalecimento de Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional (FRESAN), a formação visou ajudar na mitigação da carência de alimentos da população do sul do país.
Na província do Cunene, estão implementadas 61 escolas de campo, das 75 previstas, concretamente nos municípios do Cuanhama, Namacunde, Ombadja, Curoca, Cuvelai e Cahama.
“As escolas de campo estão a reforçar as capacidades produtivas agro-pecuárias, orientado para a introdução de culturas resistentes à seca, combate de pragas e sistema de irrigação”, afirmou.
Lembrou que, com a iniciativa, as comunidades rurais ganham hábito de produzirem, todo o ano, tomate, cebola, couve, beringela, alho, entre outros produtos, bem como criarem animais de pequeno porte, para mitigar a carência de alimentos.
Humberto Alves sublinhou que o objectivo é o de fazer com que os agricultores familiares se integuem rapidamente no sistema produtivo e nutricional.
Paralelamente à capacitação contínua dos produtores, o projecto inclui a distribuição de meios e inputs agrícolas, de modo a garantir a sua sustentabilidade e promover a resiliência e segurança alimentar das comunidades.
Com um valor global de sete milhões de kwanzas, o projecto, financiado pela União Europeia e assistência técnica da FAO, prevê instalar 225 escolas nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe.