Malanje- O Ministério da Agricultura e Florestas pretende dar uma nova dinâmica no crescimento da actividade agrícola, sobretudo empresarial no país, com vista a se atingir gradualmente níveis de produção capazes de atender as necessidades alimentares do país.
Com essa medida, o país vai passar da agricultura de pequena para grande escala, o que permitirá para além de produzir bens e serviços, gerar rendas para os produtores e receitas para o Estado.
A informação foi avançada hoje, quinta-feira, em Malanje, pelo secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Castro Paulino Camarada, durante um encontro que manteve com membros do Governo Provincial, do Ministério e do Banco Mundial, no quadro da visita de constatação da situação produtiva, que efectua na província.
De acordo com o responsável, com vista a criação de condições para o efeito, o Ministério reuniu nos últimos dias com diversas empresas do sector produtivo, com destaque para as de produção de calcário e de fertilizantes, agrícolas e com o Comité de Sementes Modificadas, para se definir metas e encontrar mecanismos para a concretização desta acção.
Com isso, realçou, o Executivo vai criar condições para que cada vez mais empresários invistam na agricultura, em todas as províncias, fazendo com que os investidores entrem no mundo agrícola com a viabilidade que se exige e não ficarem retidas na agricultura de subsistência.
Precisou que essa tarefa vai exigir do Instituto de Investigação Agronómica (IIA), uma aposta séria no estudo dos solos e de outros factores que influenciam no rendimento da produção, através de tecnologias modernas, envolvendo jovens estudiosos do sector agrícola.
Assinalou que esse desiderato vai ainda requerer o engajamento dos Governos Provinciais, essencialmente na atribuição de terras aráveis para o exercício da actividade do campo em grande dimensão e a criação de outras condições que facilitem os investimentos.
Por sua vez, o governador de Malanje, Marcos Nhunga reiterou o potencial da agricultura da província, face aos recursos hídricos e fertilidade dos solos, para de beneficiar nos próximos tempos do Centro Regional de Liderança da Mandioca, para atender as necessidades de estudos científicos e investigação do tubérculo de alguns países da SADC como Lesotho, Moçambique, Malawi, Zâmbia e Angola, cujas obras de construção encontram-se na fase final.
Destacou os níveis que a província tem atingido na produção de batata-doce, feijão, milho e outras culturas e nos últimos tempos na área do algodão e arroz no sector familiar.
Entretanto, manifestou a disposição do Governo em trabalhar na criação de condições para o investimento privado que o Ministério da Agricultura pretende, porque coincide com as prioridades das autoridades da província, para garantir a auto-suficiência alimentar.
A jornada de trabalho do secretário de Estado da Agricultura e Pecuária de dois dias a Malanje reservou para hoje, visitas às obras do Centro Regional de Liderança da Mandioca da SADC e prossegue sexta-feira (24), em alguns projectos em curso, com financiamentos do Banco Mundial e do Programa de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC). NC/PBC