Excesso de chuva destrói nove por cento da produção agrícola em Benguela

     Agricultura           
  • Benguela     Terça, 26 Março De 2024    17h51  
Inundação de campo agrícola (Arquivo)
Inundação de campo agrícola (Arquivo)
Amélia Oliveira - ANGOP

Catumbela – Trinta e sete mil e oitocentas toneladas de produtos, entre cereais, frutas, leguminosas e verduras, foram perdidas devido ao excesso de chuvas, na província de Benguela, desde Outubro de 2023 até este momento, soube hoje a ANGOP.

 A informação é avançada pelo director do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Pescas, José Gomes da Silva, referindo que o volume de produtos perdidos corresponde a nove (9) por cento da primeira época do ano agrícola 2023/24, na região.

O responsável revelou a destruição de nove mil e 347 hectares cultivados com produtos diversos devido à inundação.

José Gomes da Silva, que prestou esta informação na sequência da primeira reunião ordinária do Governo Provincial de Benguela, realizada segunda-feira, apontou, ainda, a destruição de 15 motobombas e mil e 700 mangueiras de irrigação das culturas em vários municípios.

No subsector da pecuária, adiantou a morte de 57 cabeças de gado bovino por descargas eléctricas, um fenómeno recorrente nos municípios do interior, sobretudo na Ganda, Chongoroi e Balombo.

A expectativa, lembrou, era de colher cerca de 420 mil toneladas de produtos na primeira época do ano agrícola 2023-24, que vai de Setembro a Janeiro, enquanto a segunda, em geral, começa em Fevereiro e prolonga-se até Maio.

Lamenta que as previsões do sector não tenham sido alcançadas como consequência das chuvas excessivas, cujos prejuízos afectaram mais de 37 mil toneladas.

“A chuva começou em Outubro e no início ainda aplaudimos a pensar que iríamos ter uma época bastante proveitosa”, asseverou José Gomes da Silva, enfatizando que “a natureza nos traiu porque chove com intensidade desde Outubro até à presente data”.

Quanto ao volume anual de chuva na província de Benguela, o entrevistado deu a conhecer que, neste momento, a precipitação pluviométrica está a atingir mais de seis mil e 200 milímetros (mm), contra os mil e 600 mm previstos.

Reconheceu que o facto de o volume das chuvas ser três vezes mais que o previsto produz efeitos negativos na produtividade agrícola, como a destruição de áreas cultivadas, devido a um fenómeno chamado "lixiviação do solo".

De acordo com ele, a lixiviação do solo devido à inundação provoca a diminuição de nutrientes como o nitrogénio nas raízes, afectando o crescimento das plantas e, por vezes, o seu apodrecimento. JH/CRB 

 





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