Ndalatando – A Estação Experimental Agrícola do Kilombo está a realizar, nesta época agrícola 2022/2023, ensaios da cultura de arroz para incentivar a produção local e conservar sementes, informou o responsável da instituição, Celso Luamba.
O ensaio envolve nove variedades de arroz, uma locale e outras da província do Bié, Moçambique, Costa do Marfim, Brasil e China.
O estudo, numa área de 0,5 hectares, vai durar de três a quatro meses e visa determinar a produtividade, resistência e adapatação das sementes ao clima e solo da província.
Visa também ver qual a percentagem de humidade que cada espécie necessita em época seca ou chuvosa.
Este é o segundo ensaio da cultura de arroz. O primeiro aconteceu na época agrícola 2021/2022, nos municípios de Cazengo, Golungo Alto, Cambambe e Dondo, com bom resultado.
O técnico agrário explicou que na primeira experiência, o centro usou três variedades de arroz e uma, a Winal 7, proveniente da China, apresentou melhor produtividade, em meio kilo de sementes, foi possível colher sete.
Na era colonial a província do Cuanza Norte foi potencial no cultivo de arroz, na comuna do Luinga, município de Ambaca.
Na época agricola 2021/2022, a estação realizou também ensaios da cultura de mandioca, com uma semente precoce, proveniente de Moçambique, também com resultado positivo.
Atualmente, a semente de mandioca e outras de feijão e palmares estão a ser distribuídas aos camponeses, com o objectivo de aumentar a produção e a produtividade e contribuir para o combate à fome e à pobreza.
O Kilombo está ligado ao estudo e preservação das plantas e da cultura Agrícola do país em geral, de forma particular da província do Cuanza Norte. Encontra-se a cinco quilómetros da capital Ndalatando e é um dos melhores pontos turísticos da província.
O lugar é considerado por muitos, uma pérola escondida entre os montes, por conta da grande variedade de flores, plantas e árvores.
Anteriormente era designado por Jardim Botânico do Cazengo, em 1961, foi alterada para Centro de Estudos de Salazar (na altura nome da capital da província .
Na era colonial foi uma área de reprodução de várias espécies vegetais para o país e para exportação e era uma fonte de arrecadação de receitas para o Estado português.
Actualmente a sua acção está limitada, por carência de recursos humanos, financeiros e técnicos e por vandalização do espaço por populares.