Empresário aponta constrangimentos na cadeia de valor do cacau

     Agricultura              
  • Luanda • Segunda, 10 Outubro de 2022 | 13h53
Exposição de sementes de cacau seca
Exposição de sementes de cacau seca
António Escrivão - ANGOP

Luanda - Angola já tem uma cadeia de valor do cacau a funcionar, mas o seu principal constrangimento é a falta de treinamento aos produtores, órgãos de assistência técnica como institutos de investigação e de extensão para que os rendimentos dos agricultores sejam altos, disse à ANGOP o empresário Alector Araújo.

Alector Araújo, que também é engenheiro agrário, disse que o país tem a cadeia composta, isto é, produtores de cacau, agentes de comercialização, de pré-comercialização e indústria de produção de chocolate, mas falta treinamento, inclusive para o Instituto Nacional do Café (INCA) e às brigadas técnicas.

Apontou também como constrangimentos a existência de programas de desenvolvimento da cultura de cacau pouco sólidos, requerendo maior rigor científico, assim como a interrupção da produção de plantas para distribuição aos camponeses há aproximadamente dois anos.

Os escassos ou quase nulos programas de investigação em curso no país, a existência de cooperativas com baixo nível organizativo, necessitando de melhor formação e enquadramento, assim como a estratégia de desenvolvimento da cultura do cacau, associado a outros sectores da economia são outros embaraços à cultura do cacau.

O empresário, proprietário da ALED – Comércio e Serviços Lda, firma sediada na província de Cabinda, explicou que embora têm entregado as plantas aos agricultores, importa continuar a treiná-los em como mantê-las saudáveis e altamente produtivas.

É igualmente importante, na sua óptica, uma melhor interligação entre os diversos órgãos do país na definição da política cacaueira, por que a indústria já chegou. “As indústrias instalaram-se em Luanda”, afirmou o interlocutor.

Argumentando, Alector Aráujo disse que se as indústrias de cacau foram instaladas é porque vão precisar de cacau e para que não se recorra à importação é necessário estabelecer metas e programas bem definidos de extensão dessa cultura, por formas a que essas fazendas sejam as futuras abastecedoras da indústria nacional.

Por outro lado, questionado se o cacau nacional tem compradores estrangeiros, o interlocutor disse que não estava preocupado com exportação, pois o país já tem uma indústria nacional que precisa do cacau como matéria-prima.

Cacaueiro em Angola

As primeiras sementes e plantas de cacau em Angola foram enviadas pelo Governo de São Tomé e Príncipe, entre os anos 1845 – 1848, para avaliar a sua adaptabilidade.

Actualmente, Cabinda, com 329 produtores, é a província de Angola com maior número de agricultores no domínio do cacau.





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