Luanda – Cerca de 983,6 milhões de dólares norte-americanos (1 USD vale Kz 852) estão disponíveis para serem investidos na produção de algodão em Angola, numa iniciativa da empresa multinacional chinesa Y.A.N Internacional.
O facto foi manifestado esta semana, em Luanda, pela delegação dessa multinacional, que foi recebida em audiência pelo ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, segundo uma nota de imprensa a que a ANGOP teve acesso esta quinta-feira.
De acordo com o documento, o referido investimento está projectado para a província de Malanje, numa área estimada em 100 mil hectares, na primeira fase, com um espaço de plantio de 66 mil hectares de algodão.
Para além de algodão, o projecto contempla também a produção de trigo e milho, numa área de 34 mil hectares.
Na fase experimental, que contempla cinco mil hectares de algodão e dois mil para o cultivo de trigo e milho, o projecto prevê criar dez mil novos postos de trabalho.
Para atingir os níveis que se propõe o investimento, a empresa chinesa vai contar com um modelo de negócio que se assenta num sistema de produção em larga escala, mecanizado e padronizado, com tecnologia de ponta de “altíssimo rendimento”, aliada à investigação, destaca a nota.
Durante o encontro entre o ministro da Agricultura e Florestas e representantes da direção executiva da Y.A.N Internacional, também lançou-se o desafio aos investidores para olharem na produção arroz e trabalharem com as famílias camponesas da localidade onde vai ser feito o investimento.
Segundo o cronograma de acção, foi criada uma equipa angolana multissectorial, liderada pelo director nacional da Agricultura e Pecuária, Manuel Dias, e integra representantes do Instituto de Investigação Agronómica e o Serviço Nacional de Sementes, incluindo técnicos da delegação chinesa, que vão fazer o trabalho de prospecção na província de Malanje.
Nos últimos anos, a China foi o país com maior área de cultivo de algodão no mundo, para além de ser o maior exportador de têxteis a nível mundial, necessitando de cerca de 10 milhões de toneladas de fibras de algodão todos os anos. CLAU/QCB