Dificuldade no acesso ao crédito condiciona aumento da produção agrícola

     Agricultura              
  • Benguela • Segunda, 09 Setembro de 2024 | 12h13
Campo agrícola (Foto ilustração)
Campo agrícola (Foto ilustração)
Bráulio Pedro - ANGOP

Lobito – A excessiva burocracia para disponibilização do crédito agrícola está a condicionar o aumento da produção na fazenda D 4 Reis, localizada na Hanha do norte, município do Lobito, província de Benguela, soube esta segunda-feira a ANGOP.

Essa informação foi avançada pelo seu sócio-gerente, Anselmo Borges, referindo que projectam produzir diversas culturas numa extensão de 150 hectares, mas, caso tivessem acesso ao crédito bancário, poderiam aumentar para 400 hectares.

O fazendeiro justificou que, caso tenha o crédito, sem burocracia e com reembolsos estipulados com taxas de juro mínimas, eles terão maior aderência.

Segundo Anselmo Borges, o que faz o produtor recuar é a excessiva burocracia.

"Não interessa solicitar um crédito de 100 milhões de kwanzas e demorar uma eternidade para recebê-lo, mesmo depois de várias exigências, quando o nosso investimento, de forma particular, para este ano, foi de 280 milhões de Kz", comparou.

Na sua óptica, caso as instituições financeiras disponibilizassem pelo menos até 300 milhões de kwanzas, a sua fazenda poderia chegar facilmente a uma produção de 400 hectares.

O fazendeiro informou que a D 4 Reis possui campos agrícolas em lugares diferentes, produzindo pimento, feijão, cebola e tomate.

"Estamos a produzir bastante pimento", afirmou, acrescentando que na comuna do Dombe estão a colher 75 hectares de feijão.

Sobre a venda dos produtos, disse ter como destinos, principalmente, as províncias do Moxico e do Cuando Cubango, bem como a República Democrática do Congo (RDC).

Anselmo Borges realçou também as dificuldades para aquisição de fertilizantes e insecticidas.

"Na semana passada, compramos o saco de 50 quilos de ureia a 32 mil e 430 kwanzas, mas hoje já custa 35 mil e 748 Kz", pontualizou.

Referiu-se também sobre as perdas por conta de situações climatéricas e pragas.

A propósito, revelou que a sua empresa fez um investimento de 20 milhões de kwanzas, mas houve falha na rega e na aquisição de alguns insecticidas que não tinham boas substâncias activas, o que resultou num prejuízo de dez milhões de Kz.

"Temos de ser persistentes. O que perdemos hoje, podemos ganhar amanhã", afirmou optimista.

"Solicitamos ao Executivo que arranje formas de baixar o valor dos inputs agrícolas, já que se pretende aumentar a produção nacional", declarou.TC/CRB





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