Menongue - Pelo menos 50 hectares de terra cultiváveis foram preparados para apresente campanha agrícola 2020/2021, pelo Serviço Penitenciário do Cuando Cubango, com o envolvimento de 120 reclusos que vão apostar no fomento de hortaliças e cereais para diversificar da sua dieta alimentar, nos próximos meses.
Dos 120 reclusos enquadrados na actividade agrícola, destes 23 irão trabalhar na horta adjacente às instalações do Serviço Penitenciário, 28 na brigada móvel, 44 no destacamento prisional da comuna do Missombo (Menongue) e 25 no destacamento do Sá Maria, município do Cuito Cuanavale.
A finalidade é de reforçar a consciência moral dos deveres dos reclusos e ocupá-los para felicitar a sua readaptação à vida, liberdade após o cumprimento de penas.
Durante a abertura da campanha agrícola 2021 do Serviço Penitenciário do Cuando Cubango realizada no final de semana, na comuna do Missombo, município do Cuando Cubango, o director da instituição, subcomissário prisional José Bravo Domingos, informou que são controlados 1.156 hectares de terras, destes mais de 50 não são explorados, tudo por falta de transporte, recursos materiais e financeiros.
Conforme o oficial, na presente campanha agrícola a finalidade é duplicar o cultivo para 40 mil quilos de milho para superar as safras anteriores (não quantificadas), sendo que a aposta tem recaído, a par do milho, para as culturas de mandioca, feijão, batata – rena, jinguba e a experimentação do cultivo de arroz no Cuito Cuanavale, cebola, couve, repolho, cenoura, alface e outras.
O delegado do ministério do Interior no Cuando Cubango, José Alberto Tchihama, sublinhou que o órgão, preocupado em suprir a situação económica dos reclusos, tem apostado na busca de soluções possíveis que contribuam na dieta alimentar num futuro breve, através da redução da crise alimentar e aumentar a produção interna com a população penal.
Admitiu que, nesta época agrícola 2020/2021, com a inserção de mais de 100 reclusos na actividade de campo, haverá melhorias das condições de alimentação no Serviço Penitenciário, numa altura em que há maior vontade de exploração de maior extensão de terra, sobretudo no campo do Missombo.
O também comandante da Polícia Nacional no Cuando Cubango lamentou a limitação na extensão de terras cultiváveis, a falta da mecanização agrícola, como tractor e alfaias agrícolas, moto-bombas e outros imputes, mas que esforço têm sido feitos no sentido de ultrapassar as dificuldades existentes.
Actualmente, no total geral, o Serviço Penitenciário do Cuando Cubango controla mais de 700 recluso, dos quais mais de 10 do sexo feminino, sendo que destes 715 no destacamento de Menongue, com mais de 200 da sua capacidade limitada.