Huambo - Vinte cooperativas agrícolas de ex-militares da província do Huambo beneficiaram hoje, segunda-feira, de forma gratuita, de igual número de tractores e respectivas alfaias, em acto orientado pelo secretário de Estado para Acção Social, Lúcio Gonçalves Amaral.
Os referidos meios foram entregues no quadro da terceira fase, para a província do Huambo, do programa da iniciativa do Presidente da República, João Lourenço, que visa a distribuição de um total de 500 tractores e alfaias, em todo país, para apoiar os ex-militares.
A medida visa melhorar as condições de trabalho das cooperativas agrícolas que integram esta franja da sociedade, de modo a elevar os níveis de produção e produtividade, para combater a fome e a pobreza nas comunidades.
Para além dos tractores, as 20 cooperativas, com mais de 200 associados, assinaram, durante o acto, decorrido no sector do Cruzeiro, comuna da Calima, a 10 quilómetros do centro da cidade do Huambo, os contratos para a recepção, do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), de um financiamento de dez milhões de Kwanzas, cada.
O referido montante, que visa fomentar a produção agrícola, deverá ser reembolsado, pelos beneficiários, no prazo de 36 meses, com uma taxa de juro de três por cento, por ano.
Com este número, eleva-se para 59 o total de cooperativas da província contempladas no âmbito do programa, em curso desde 2020, com um total de 63 tractores, beneficiando, de forma directa, mais de 400 ex-militares.
Para além destas, outras duas cooperativas locais foram, também, agraciadas com o igual número de tractores, no quadro do programa que visou a distribuição de 104 meios do género, em todo país, perfazendo um total de 61 organizações, tornando o Huambo na segunda província com maior número de beneficiados, depois do Bié.
Ao intervir no acto, a governadora da província, Lotti Nolika, mostrou-se satisfeita com os resultados alcançados, tendo, por isso, enaltecido o empenho da comissão provincial criada para a mobilização e organização das cooperativas agrícolas dos ex-militares para aderirem ao programa.
Por sua vez, o secretário de Estado para a Acção Social, Lúcio Gonçalves Amaral, apelou aos beneficiários para cuidarem bem dos meios colocados à disposição, de modo a contribuírem na melhoria da renda familiar.
Questionado sobre a manutenção dos meios, enquanto principais dificuldades para a sua conservação, assegurou haver uma garantia no prazo de um ano, por parte da empresa vendedora, assim como a formação técnica dos seus operadores.
Sem apresentar dados nacionais, o secretário de Estado para Acção Social disse ser positivo o balanço do programa, que se encontra fase final, cujo acto de encerramento será realizado, em breve, na província de Luanda, capital do país.
Na ocasião, reiterou o compromisso do Governo angolano na implementação contínua de acções que visam a melhoria das condições de vida dos ex-militares, para honrar o sacrifício consentido na luta para a conquista da paz, duramente alcançada há 21 anos.
Dados dos Serviços locais do Instituto de Reintegração Social dos Ex- Militares (IRSEM) indicam o controlo, na província do Huambo, 54 mil e 26 ex-integrantes dos movimentos de luta armada no país, muitos dos quais organizados em 69 cooperativas agrícolas. VKY/ALH