Uíge - A cooperativa dos ex-militares da regedoria do Dambi, na sede da província do Uíge, que beneficiou, recentemente, de um imput agrícola composto por sementes de milho, feijão, entre outros meios de produção, prevê iniciar brevemente a sua produção numa área de 30 hectares de terras agricultáveis.
Em 2020, a cooperativa aproveitou apenas dois hectares, dos 10 disponíveis para o cultivo da mandioca, por falta de charrua, sementes, catanas, enxadas, entre outros materiais necessários na actividade agrícola.
Enquadrada no âmbito do Programa de Combate à Fome e à Pobreza, a ajuda contempla 50 quilogramas de sementes de milho e 100 kg de feijão, 45 catanas, 16 enxadas, 6 limas, 500 folhas de chapas e igual número de saquinhos de pregos.
Ao falar à Angop, o presidente dos Ex-militares, João Alfredo, disse perspectivar, com o apoio dado pela Administração Municiapal do Uíge, iniciar a produção (em grande escala), de soja, batata-doce, feijão, milho e mandioca.
Na aldeia Piqui, foram entregues 995 folhas de chapas a 27 famílias, que perderam suas casas no passado dia 22 de Dezembro pela forte chuva que caiu naquela localidade.
A Estação de Desenvolvimento Agrário (IDA) mantém a sua disposição no sentido de orientar os camponeses das cooperativas e associações para o cultivo da mandioca, banana, feijão, milho, entre outras culturas.
Também ouvido por esse órgão, o administrador municipal do Uíge, Emílio de Castro, encorajou os camponeses a trabalhar no sentido de aumentar as terras cultiváveis, para a produção alimentar, reduzir as importações e ajudar no combate à fome e à pobreza na região.
Denominada "Projecto Acreditar" (destinado a ex-militares), a cooperativa foi fundada em 2006, controla 94 camponeses e pratica, além da agricultura, a aquicultura, mas a falta de materiais dificultava a execução dos seus projectos.