Luanda – Os participantes na cimeira africana sobre fertilizantes, que decorreu de 7 a 9 deste mês, em Nairobi (Quénia), recomendaram aos Governos africanos a triplicação da produção e distribuição interna de fertilizantes, com vista a acelerar o crescimento agrícola em África.
O evento advogou, igualmente, a implementação de acções concretas para reverter a degradação da terra e restaurar a saúde do solo em pelo menos 30 por cento, bem como garantir que 70% dos pequenos agricultores tenham acesso aos serviços de extensão e assessoria de qualidade sobre fertilizantes, segundo uma nota de imprensa a que a ANGOP teve acesso esta quinta-feira.
Na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Africana sobre Fertilizantes e Saúde dos Solos (AFSH-2024), a delegação angolana foi chefiada pelo ministro da Agricultura e Florestas, António de Assis, em representação do Presidente da República, João Lourenço.
A propósito do certame, o ministro angolano reconheceu que a importação de fertilizantes ainda continua a ser um problema para o desenvolvimento do sector agrícola no continente.
Por essa razão, o governante apelou a cada país que continue a trabalhar para o aumento da oferta deste insumo e melhore a saúde dos solos, para garantir a segurança alimentar local e continental.
Para além do ministro da Agricultura e Florestas, integraram a delegação angolana os embaixadores de Angola no Quénia e na Etiópia, Sianga Abílio e Miguel Bembe, respectivamente, assim como do sector das embaixadas.
A Cimeira Africana sobre Fertilizantes e Saúde dos Solos, que decorreu no Centro de Convenções Kenyatta, em Nairobi, contou também com participação ministros dos Negócios Estrangeiros, peritos e os principais intervenientes do sector de África.
Sob o lema “Ouvir a terra”, o evento serviu, igualmente, para preparar a documentação a ser submetida à próxima Cimeira Especial de Chefes de Estado e de Governo da União Africana.
A cimeira é uma organização da União Africana, como uma plataforma de abordagem das soluções tendentes a melhorar a fertilidade, produtividade e a saúde dos solos, promovendo o crescimento económico africano com base numa agricultura resiliente aos impactos das alterações climáticas. OPF/QCB