Ondjiva - A implementação de Escolas de Campo Agrícolas (ECA), na província do Cunene, está a abrir caminhos para o aumento dos níveis de produção e diversificação das culturas, visando garantir auto-suficiência alimentar no seio das comunidades rurais.
Em declarações esta quinta-feira à ANGOP, a facilitadora da ECA Suku Tukuafa, Lucrécia Maria, disse que as escolas de campo tem estimulado a produção agrícola de qualidade e rentável para as comunidades rurais.
A responsável considerou as escolas de campo como unidades onde os agricultores familiares congregam-se no sistema de aprendizagem e tomam decisões para resolver os problemas técnicos produtivos.
Falando em nome de outras associadas, disse que os pequenos agricultores estão habilitados para melhorar as práticas de cultivo, com destaque para a irrigação agrícola moderna, fertilidade dos solos e da gestão integrada dos nutrientes.
Nesta senda, indicou que o projecto ensinou aos agricultores a dar valor da produção, com a introdução de novas variedades de produtos como as hortícolas, batata-doce, mandioca, milho e feijão.
Anteriormente, apontou que a produção baseava-se no cultivo de massango, massambala, milho e abóboras, agora diversificou-se a produção.
“Com a ECA, aprendemos noções sobre o tratamento da água com semente de moringa, kizaca com muamba de amendoim, funge de bombo e calulu, abóbora para sopa e casca na preparação de arroz de legume”, enfatizou.
Lucrécia Maria fez saber que, durante os dois anos de actividade., conseguiram replicar os conhecimentos para outros membros das comunidades, apoiar 25 famílias camponesas com a distribuição de semente de milho, melancia, batata doce e mandioca.
A ECA Suku Tukuafa, composta por 48 elementos, cinco homens e 43 mulheres, consta do Projecto de Fortalecimento da Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional no Sul de Angola (FRESAN).
A instalação das escolas figura entre as acções do Programa de Fortalecimento da Segurança Alimentar e Nutricional no Sul de Angola (FRESAN), financiado pela União Europeia, no montante de 65 milhões de Euros, e aplicado em acções de redução da fome, pobreza e vulnerabilidade das comunidades afectadas pela seca.