Cambândua inicia colheita de 555 toneladas de arroz

     Agricultura              
  • Bié • Sexta, 07 Junho de 2024 | 21h57
Máquina de corte da plantação do arroz
Máquina de corte da plantação do arroz
Leonardo Castro-ANGOP

Cuito – Setenta e cinco toneladas de arroz, das 555 produzidas na comuna da Cambândua, província do Bié, começaram a ser colhidas esta sexta-feira.

Da variedade “Irga 417”, este lote foi plantado numa área de 50 hectares pela associação de camponeses dessa comuna situada a 52 quilómetros da cidade do Cuito, capital da província. As sementes foram lançadas em Dezembro do ano passado.

Na próxima semana, começa a colheita de outras 480 toneladas, produzidas pela fazenda Xaparro, num espaço de 105 hectares.

No acto, testemunhado pelo governador provincial do Bié, Pereira Alfredo, o representante da associação de camponeses da comuna da Cambândua, Tomás José, disse estarem envolvidas 46 famílias na empreitada.

Quanto às preocupações, apontou a falta de uma máquina de colheita, para dar celeridade ao processo e com a qualidade que se exige, já que os associados trabalham de forma manual, um processo que, muita das vezes, causa a diminuição da espessura do arroz.

Falou igualmente da falta de uma outra máquina para o corte da plantação, que possa medir a humidade do arroz.

Como alento, disse existir na comuna duas máquinas de descasque do cereal, o que vai facilitar o processo da selecção do produto.

Sublinhou que é necessário também um financiamentos de 250 milhões de kwanzas para a compra do sistema de regra, sementes, fertilizantes e parte da mecanização.

Por seu lado, o responsável da fazenda Xaparro, Manuel Maya, assegurou que está tudo pronto para o início da colheita do arroz a partir da próxima segunda-feira.

Esta fazenda tem uma extensão de 800 hectares, 120 dos quais preparados para cultivar também milho, feijão, trigo e mandioca.

Governo do Bié quer melhorar capacidade de processamento do arroz

De acordo com o director do Gabinete da Agricultura no Bié, Felizardo Brito Capepula, pretende-se agora melhorar a capacidade de processamento do arroz, uma vez que todos os municípios da província cultivam o cereal, com excepção do Chinguar.

A medida visa retirar do arroz outras componentes, como o rolão e a sua casca, que podem ser utilizados como ração animal.

Em 2023, o Bié produziu cerca de nove mil e 500 toneladas de arroz, ao passo que esta época perspectiva-se colher 14 mil 278 toneladas, cultivadas em sete mil hectares de terra em oito municípios.

Para se continuar a fomentar a produção em grande escala, Felizardo Capepula disse que se vai  criar condições de mercado, no sentido de as populações terem acesso fácil ao arroz produzido localmente.

No seu entender, a compra do produto constitui também uma componente que impulsiona os produtores.

Na ocasião, o governador Pereira Alfredo disse que o Bié quer contribuir com uma quota significativa da produção de cereais a nível do país, frisando que as condições objectivas, quer de clima quer da população, estão asseguradas.

Anotou que as famílias estão prontas e se adaptaram às novas formas de produção, saindo do rudimentar para o convencional, garantindo mais apoio do Executivo, com financiamentos aos produtores.

A par disso, avançou, melhorou-se também as técnicas de adubação do plantio em quase todos os produtos, daí os grandes resultados das colheitas que se registam. LB/PLB



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