Caconda – Duas estufa para acolher 500 mil mudas (plantas) de café arábica começam ainda este mês ser montadas, nos municípios de Caconda e Caluquembe, província da Huíla, no quadro de um projecto do Governo de relançamento da produção do “bago vermelho” no planalto huilano.
O projecto, cujos estudos já foram feitos pelos cafeicultores, contempla uma estufa para 250 mil plantas no Gungue (Caconda) e outra para igual quantidade na Vila Branca (Caluquembe), visando promover a produção em grande escala.
Segundo o responsável do Instituto Nacional do Café (INCA), na Huíla, Henriques Chivinda, para além deste número, estão disponíveis 57 mil plantas no viveiro de Caconda para serem distribuídas de forma gratuita aos produtores associados e individuais, por formas a melhorarem a produção.
Afirmou que a primeira fase, em regime experimental, permitiu a produção, no Gungue, de 57 mil pés, ao passo que na Vila Branca 30 mil, de cem mil previstos.
A falta de chuvas e de quantidades suficientes de bolsas para acolher as mudas foi razão que prejudicou o processo, segundo a fonte.
A história do aparecimento do café em Angola confunde-se com a do município de Caluquembe, que ousou em experimentar o cultivo do produto por volta de 1886 e em pouco tempo foi transportado para Caconda, a 44 quilómetros a Norte.
O cultivo do café chegou a Caluquembe pelas mãos de missionários alemães. A experiência gerou frutos e tornou aquele velho concelho colonial no maior produtor, na altura, do Sul de Angola. JT/MS