Quilombo dos Dembos - Caçadores furtivos de vários pontos do país e exploradores ilegais de madeira estão a devastar a fauna e flora no município do Ngonguembo, Cuanza-Norte.
Esta acção está a danificar o ambiente e a provocar a extinção de várias espécies de animais.
Em entrevista à ANGOP, o administrador municipal de Ngonguembo, Manuel António Gaspar, que denunciou o facto, afirmou que o nível de exploração ilegal de madeira e de caça furtiva é “alarmante” e está a contribuir para a desertificação da região.
Apontou a fluidez no tráfego rodoviário com a asfaltagem da estrada de acesso à região, assim como a localização geográfica como factores que concorrem para esta acção “maléfica” ao meio ambiente.
De acordo com o administrador, o facto de o município fazer fronteira com regiões onde existem muitos caçadores, como Golungo Alto, Banga e Lucala (Cuanza- Norte), assim como Pango Aluquém, Bula Tumba (Bengo), também contribuiu para o elevado nível de crimes ambientais.
Manuel Gaspar explicou que apesar das acções da Comissão Provincial Multissectorial de Prevenção e Combate à Crimes Ambientais, muitos dos cidadãos utilizam caminhos “fiotes” (esconderijos) para praticar as suas acções.
A comuna de Cavunga, indicou, é a mais visada em função da proximidade com a localidade da Bera Alta (Cuanza-Norte).
Há cerca de três meses, por exemplo, a Administração apreendeu grande quantidade de madeira talhada e em toros, assim como carne e animais abatidos, expostos ao longo da estrada nacional 230.
Ngonguembo foi elevada à categoria de município à 1 de Setembro de 1971. Tem uma extensão de 1.402 quilómetros quadrados e conta com uma população estimada em 7.576, segundo o Censo Geral da População e Habitação, realizado em 2014. EFM/IMA/YD