Ondjiva - O Gabinete da Agricultura, Pecuária e Pesca, na província do Cunene, prevê para o presente ano agrupar as famílias camponesas que desenvolvem a prática de apicultura em associações, visando o maior controlo da actividade.
A informação foi prestada esta quinta-feira, pelo director da Agricultura no Cunene, Carlos Ndanyengondunge, realçando estar em curso o processo de constituição de associação de produtores apícolas tradicionais por área de actuação, para melhor controlo de pessoas envolvidas e determinar os níveis de produção.
Fez saber que actualmente não existem dados fiáveis que permitam estabelecer o número de apicultores ou alguma comparação quantitativa e qualitativa da produção de mel por época.
“A apicultura é feita de forma tradicional, com recurso às colmeias de cortiço, sem manuseamento adequado, daí que não conseguimos determinar as quantidades exactas de produção”, sublinhou.
Para reverter a situação, fez saber que o Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) promoveu no ano de 2022 duas formações técnicas que beneficiaram perto de 70 apicultores, que poderão beneficiar de colmeias modernas e equipamentos de protecção.
A iniciativa, acrescentou, permitirá que os apicultores tenham domínio sobre as técnicas de produção de mel e manuseamento dos equipamentos, que serão adquiridos pelo órgão central, visando assegurar a produção de mel, no quadro das estratégias que favoreçam a diversificação da economia.
A intenção é alavancar a produção, processamento e comercialização do mel em grande escala ao nível da região, com vista a contribuir na arrecadação de mais receitas para os cofres do Estado.
Realçou que a produção de mel em grande escala pode capitalizar a renda das famílias e contribuir significativamente na diversificação da economia, mas para tal é necessário que os mesmos estejam munidos de assistência técnica e atribuição de colmeias modernas ou melhoradas.
Carlos Ndanyengondunge indicou que a província detém potencialidades para desenvolver a apicultura, sobretudo nas comunidades de Mbambi, Camicula, Caundo (Cuvelai), Kafima, Ionde, Oshimolo (Cuanhama) e Cahama.
Entretanto, disse que em 2021/2022 houve o controle de venda de mais de dois mil litros de comercialização, feita através de mercados informais.FI/LHE/AC