Malanje- O Executivo angolano pretende adequar os índices de produção agrícola ao crescimento demográfico do país, para facilitar o acesso da população aos alimentos.
Essa medida exigirá um trabalho afincado para, nos próximos anos, se alcançar as metas de produção desejadas, tendentes ao reforço e garantia da segurança alimentar, sobretudo através do fomento da actividade agropecuária.
A informação avançada esta quinta-feira pelo ministro da Agricultura e Florestas, Francisco Assis, na abertura do Conselho Consultivo do Ministério de tutela, realçando que se espera contar com o envolvimento de parceiros e dos sectores familiar e empresarial.
O ministro precisou que o país registou um aumento de 5,6 por cento da produção nacional, durante a campanha agrícola 2021/22, comparativamente ao ano anterior, representando uma caminhada em direcção aos objectivos do Executivo.
De acordo com estimativas do Executivo, Angola espera, neste ano, atingir uma produção agrícola superior a 24 milhões 793 mil e 275 toneladas de produtos diversos (cultivados em 2022).
Conforme o governante, estão em curso vários projectos agrícolas, com destaque para o reforço da resiliência dos agricultores familiares e de desenvolvimento da agricultura comercial, entre outros, que concorrem para o aumento da produção nacional.
Por outro lado, o ministro reiterou a aposta na produção de grãos e o fomento da cadeia de valores para a produção animal, através da construção e reabilitação de barragens e perímetros irrigados nas regiões de Cunene, Huíla, Cuanza Sul e Benguela.
O ministro apontou ainda a implementação dos Programas de Fomento de Avicultura, Caprinocultura e Suinocultura, o Projecto de Desenvolvimento Integrado de Samba Cajú, consubstanciado na criação de infra-estruturas de apoio à produção, bem como o Centro de Biodiversidade para produção de vacina animal, em construção na província do Huambo.
Francisco Assis anunciou também a execução de várias acções do Executivo voltadas a protecção florestal, reflorestamento e a construção de três entrepostos florestais nas províncias de Benguela, Moxico e Cabinda, para estimular a produção e comercialização de madeira.
Por sua vez, o governador em exercício de Malanje, Angelino Quissonde, considerou prioritário o sector agrário na província, razão pelo qual o governo local introduziu no programa de combate à fome e à pobreza a agricultura, recebendo 60 por cento do seu orçamento.
Com isso, referiu, pretende-se alcançar a excelência na produção de alimentos e contribuir na erradicação da fome nas comunidades, tendo enaltecido o apoio do Ministério da Agricultura e Florestas para a concretização desse plano, através de financiamentos de iniciativas empresariais de jovens, cooperativas e associações camponesas.
O Conselho Consultivo visa discutir as políticas do sector agro-pecuário do país, bem como apresentar o balanço das acções e do ano agrícola 2021/2022.
Durante um dia, os participantes vão debater temas como a assistência técnica e extensão rural, perspectivas de produção de sementes e a formalização da actividade agro-pecuária, o ponto de situação e perspectivas do comércio rural, entre outros. NC/PBC