Chicala-Cholohanga – O director provincial do Serviço de Migração e Estrangeiro (SME) no Huambo Comissário de migração Hermenegildo Lacachi, reconheceu hoje, no Sambo, Chicala-Cholohanga, que aposta na agricultura está a contribuir substancialmente para a melhoria da dieta alimentar dos reclusos.
Ao discursar na abertura do ano agrícola 2024-2025 no sistema prisional do Huambo, em representação do delegado local do Interior, Manuel Gonçalves, disse tratar-se de um projecto que está a ganhar visibilidade nos últimos tempos, com a exploração das potencialidades da zona, bem como o empenho do seu pessoal.
Por esta razão, encorajou a direcção do Serviço Penitenciário a prosseguir com esta acção de extrema importância, por fazer convergir as acções de âmbito económico, de reabilitação e redução da ociosidade aos reclusos, para uma ressocialização que se espera exitosa, contribuído, desta feita, para a prevenção criminal.
Aconselhou o efectivo a estar mais engajado no ambicioso projecto agrícola e a continuarem com o mesmo espírito de sacrifício, para tornar o Serviço Penitenciário auto-suficiente, em termos de produtos do campo e melhorar a dieta alimentar da população penal e não só.
Destacou que a produção agrícola no sistema penitenciário é vista nos dias de hoje, pois apresenta níveis de organização e desenvolvimento aceitáveis, fruto do envolvimento dos seus principais actores, com realce para o Governo e outros parceiros que prestam apoio material e moral, para tornar o sonho em realidade.
Em declarações à ANGOP, o director do gabinete da Agricultura e Florestas na província do Huambo, António Camuti, reiterou a necessidade de continuar a prestar apoios moral e em material, para manter o projecto sustentável, visando a melhoria da qualidade de vida dos reclusos e da redução dos gastos que o Governo faz a favor desse segmento.
Disse que já faz alguns anos que o Serviço Penitenciário deixou de comprar produtos como milho, feijão, batata-doce e rena, bem como hortícolas, resultante da implementação desse projecto, que está contribui para a ressocialização dos reclusos.
Para a campanha agrícola 2024/2025 vão trabalhar em 150 hectares de terras no Bailundo, Cambiote e do Sambo, onde prevêem uma colheita de 490 toneladas de produtos diversos, contra as 199 toneladas da safra anterior.
A campanha contará com o envolvimento de 420 reclusos. JSV/ALH