Cacuaco - A Campanha Agrícola 2023/2024, em Luanda, pode render 254 mil e 496 toneladas de diferentes produtos e satisfazer, consideravelmente, os níveis de procura, perspectivou esta sexta-feira, no município de Cacuaco, o governador provincial, Manuel Homem.
Ao intervir no acto de abertura do Ano Agrícola 2023/24 de Luanda, o governador sustentou a perspectiva, com a quantidade de agricultores envolvidos na presente campanha, assim como as iniciativas das autoridades no apoio à actividade.
Segundo o governante, a Campanha Agrícola 2023/24 conta com o empenho de oito mil e 442 famílias, 21 associações de agricultores, 102 cooperativas agrícolas, assim como duas mil e 833 pequenos, médios e grandes agricultores que vão operar numa escala de 104 mil e 500 hectares.
Além da força de trabalho, Manuel Homem reforça a sua concepção com a perspectiva de o Governo Provincial de Luanda, por via do Ministério da Agricultura e do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), distribuir sementes e fertilizantes aos agricultores para alcançar a cifra desejada.
Na cerimónia, da qual participaram administradores municipais, representantes do Banco Angolano de Desenvolvimento (BDA), altos funcionários do Governo Provincial de Luanda e camponeses, o governador de Luanda destrinçou a realidade do sector na província, onde destacou a irregularidade da chuva, a dificuldade no acesso a fertilizantes e sementes, assim como os constrangimentos nos acessos entre os campos e os centros de venda de produtos.
“Temos trabalhado gradualmente para vencermos esses desafios, principalmente com a inauguração de estradas no município de Cacuaco e com a criação de um sistema de tratamento de água. Além da produção agrícola, queremos fomentar o agronegócio, criar postos de trabalho no sector, bem como garantir a disponibilidade de produtos frescos”, reforçou.
Paralelamente aos constrangimentos apresentados pelo governador Manuel Homem, o representante das Associações de Agricultores de Luanda, Armindo Tavares Ferreira, acrescentou, também as dificuldades no acesso aos instrumentos de trabalho, a necessidade de reabilitação dos diques, bem como a ausência de créditos bancários.
Em declarações à ANGOP, o representante das Associações de Agricultores de Luanda, Armindo Tavares Ferreira, acrescentou a todos estes factores, a ausência de emissão do Título de Exploração de Terra, documento fundamental para o acesso ao crédito bancário.
“Neste momento, por razões desconhecidas, as administrações municipais não têm emitido Títulos de Exploração de Terra, o que impede o acesso a créditos bancários e ao desenvolvimento da agricultura em Luanda”, desabafou.
Este pormenor é igualmente do desconhecimento do governador Manuel Homem que, ao ser questionado pela ANGOP, garantiu averiguar as razões que levam as administrações municipais de Luanda a não emitir tal documento. DIF/SEC/AC