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Zimbabwe/Eleições: Eleitores elegem novo Presidente no dia 23 de Agosto

     África              
  • Luanda • Quarta, 31 Maio de 2023 | 16h16
Bandeira do Zimbabwe
Bandeira do Zimbabwe
Divulgação

Harare – Os eleitores zimbabweanos vão às urnas no dia 23 de Agosto para eleger o novo Presidente, membros da Assembleia Nacional e os conselheiros locais, segundo a edição de hoje do Diário Oficial do Governo.

No documento, o Presidente Emmerson Mnangagwa "fixa o dia 23 de Agosto de 2023 como data para as eleições presidenciais, a eleição dos membros da Assembleia Nacional e a eleição dos conselheiros locais".

O anúncio oficial surge um dia depois de o líder da oposição, Nelson Chamisa, de 45 anos, que será o principal rival do Presidente em exercício, de 80 anos, nas eleições, manifestar a sua impaciência, acusando Mnangagwa de manter a "opacidade sobre as datas" dos escrutínios, esperadas há vários meses.

Durante este período, o partido de Chamisa, a Coligação de Cidadãos para a Mudança (CCC, na sigla em inglês), acusou o partido no poder de reprimir os opositores políticos, com as reuniões da oposição a serem alvo de obstruções e os dirigentes, incluindo deputados, detidos sob o pretexto de realizarem reuniões ilegais.

Job Sikhala, um deputado da oposição e popular nos subúrbios de Harare, e que se tornou um símbolo da repressão denunciada pelas organizações de defesa dos direitos humanos, está detido há quase um ano e foi condenado em Maio por obstrução à justiça.

O partido Zanu-PF está no poder desde a independência do país, em 1980.

Em 2017, Emmerson Mnangagwa sucedeu a Robert Mugabe, um herói da independência que permaneceu no poder durante 37 anos, graças a um golpe de Estado, tendo sido eleito Presidente em Julho de 2018.

Nos últimos meses, foram assinaladas numerosas irregularidades na organização das próximas eleições gerais, com o CCC a denunciar "graves anomalias" nos cadernos eleitorais, bem como "numerosos erros e omissões" no registo eleitoral.

Figuras importantes da oposição também alegaram ter sido excluídas das listas.

A associação local de defesa dos direitos humanos Team Pachedu denunciou igualmente irregularidades flagrantes, nomeadamente na divisão dos círculos eleitorais, em que algumas coordenadas geográficas correspondem a lugares da Antártida.

Nas presidenciais de 2018, Mnangagwa venceu por uma margem estreita (50,8%) numa eleição marcada pela violência.

Após o anúncio da vitória do Zanu-PF nas eleições legislativas, a situação degenerou na capital, com o exército a abrir fogo com munições reais contra manifestantes que gritavam fraude, e pelo menos seis pessoas foram mortas.

Nelson Chamisa denunciou a fraude, mas o recurso da oposição ao Tribunal Constitucional foi rejeitado.

O Zimbabwe, um país encravado entre Moçambique, África do Sul, Botswana e Zâmbia, tem uma população de 15 milhões de habitantes, segundo o último censo.

O país está classificado em 157.º lugar entre 180 países pela Transparência Internacional pelo seu nível de combate à corrupção. JM





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