Luanda – O chefe de Estado zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, agradeceu esta quarta-feira o apoio prestado pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) ao recém-terminado processo eleitoral no seu país.
Mnangagwa falava ao grupo de embaixadores da SADC acreditados no Zimbabwe, durante uma visita de cortesia, no Palácio Presidencial, em Harare, refere uma nota de imprensa transmitida hoje à ANGOP, em Luanda.
A nota explica que o encontro de cortesia serviu para transmitir ao Governo e ao povo zimbabweanos felicitações pela realização pacífica e ordeira de eleições gerais, em Agosto passado, que conduziram à reeleição de Mnangagwa.
A delegação do corpo diplomático da SADC foi chefiada pelo embaixador de Angola, Agostinho Tavares, na sua qualidade de presidente do grupo sub-regional, acrescenta o documento da missão diplomática angolana, em Harare.
Na ocasião, Agostinho Tavares entregou, em nome dos seus colegas, uma mensagem ao Presidente Mnangagwa, em que saúdam “o ambiente de paz e tranquilidade” registado antes, durante e depois do processo eleitoral.
As operações de voto, ocorridas no Zimbabwe, de 23 a 24 de Agosto passado, foram testemunhadas por diversas Missões de Observação Eleitoral (MOE), incluindo da SADC.
“A forma como decorreu o processo eleitoral é uma demonstração clara da maturidade política e da resiliência do povo Zimbabweano”, indica a mensagem entregue pelo ao Presidente Mnangagwa pelo diplomata angolano.
Acrescenta que o Governo e o povo do Zimbabwe “estão focados no futuro e determinados a desenvolver o país”, apesar das adversidades socioeconómicas que enfrentam, decorrentes do longo período de sanções internacionais “ilegais” impostas a zimbabweanos inocentes e, mais recentemente, da pandemia da Covid-19.
A SADC considera que as sanções impostas, há mais de 20 anos, aos zimbabweanos está a condicionar o desenvolvimento do país, pelo que pede o seu levantamento imediato.
Recentemente, o bloco sub-regional emitiu uma declaração em que defende que estas sanções estão igualmente a prejudicar a imagem do Zimbabwe e a limitar o seu potencial de acesso aos mercados financeiros e de capitais.
O documento assinado pelo chefe de Estado angolano, João Lourenço, enquanto presidente em exercício da SADC, assinala que este bloqueio impede o crescimento socioeconómico do país e representa “uma atrocidade nos tempos modernos” que trava a prosperidade da região.
Dos 16 países que integram a SADC estão acreditados no Zimbabwe nove embaixadores, designadamente Angola, Botswana, República Democrática do Congo (RDC), Moçambique, África do Sul, Namíbia, Tanzânia, Malawi e Zâmbia.
Além do Zimbabwe, outros Estados-membros da organização são o Eswatini, as ilhas Maurícias, o Lesoto, a União das Comores e Madagáscar.IZ
