A Comissão Eleitoral da Zâmbia proibiu o partido governante e a oposição de fazerem campanha na capital, Lusaka, e em três outros distritos, por causa da violência política contínua e do aumento de casos de Covid-19.
De acordo com a Bloomberg, que cita o principal oficial eleitoral, Kryticous Nshindano, as restrições impostas pela Comissão Eleitoral da Zâmbia incluem suspender as passeatas eleitorais e elimitar os grupos que realizam campanhas porta-a-porta para três pessoas. A Zâmbia tem eleições gerais marcadas para 12 de Agosto do corrente ano. O presidente Edgar Lungu, da Frente Patriótica, terá como seu principal rival o líder do Partido para o Desenvolvimento Nacional (UPND), Hakainde Hichilema. Nas últimas semanas, as tensões aumentaram à medida que alguns de seus apoiantes entraram em confronto. O país reportou um recorde de 2.690 novos casos de coronavírus na terça-feira, e teve o maior aumento relativo de casos diários em todo o mundo nas últimas duas semanas. A UPND de Hichilema acusou o governo de “transformar em arma” a terceira onda da Zâmbia para impedir que o seu partido fizesse campanha, enquanto Lungu realiza manifestações sob o pretexto de inspeccionar e inaugurar projectos de desenvolvimento – afirmação que o governo nega.