Nairobi - As autoridades do Quénia elevaram para 90 o número de corpos de alegados membros de uma seita religiosa que praticava jejum extremo, encontrados em valas comuns na floresta de Shakahola, no norte do país.
De acordo com o Governo queniano, citado pelo jornal The Nation, mais 17 corpos foram localizados em várias sepulturas em terrenos situados perto da cidade de Malindi, no condado de Kilifi.
O jornal The Star avançou que a Cruz Vermelha queniana começou a trabalhar para tentar localizar mais de 210 pessoas dadas como desaparecidas, entre elas 112 menores, no âmbito das investigações desta seita.
O Presidente do Quénia, William Ruto, disse segunda-feira que as mortes ligadas à seita são "semelhante ao terrorismo" e prometeu endurecer as acções contra os cultos, que deturpam a religião, depois de terem sido encontrados os primeiros corpos.
A seita, denominada Igreja Internacional da Boa Nova, difunde a ideia de que o jejum extremo é a via para encontrar Jesus Cristo.
Segundo a imprensa local, o líder da seita, Paul Makenzie Nthenge, foi preso e acusado a 14 de Abril, depois de duas crianças terem morrido à fome quando se encontravam ao cuidado dos pais. JM