Pretória - O Instituto Nacional de Doenças Transmissíveis (NICD) da África do Sul pediu hoje, sexta-feira, ao Governo que medidas de contenção do novo vírus da varíola monkeypox, confirmado nas últimas 24 horas no país.
Em declarações a jornalistas, os cientistas do NICD alertaram também para a possibilidade de ocorrência de mais casos do novo vírus nos próximos dias.
As autoridades de saúde da África do Sul identificaram quinta-feira o primeiro caso da varíola dos macacos em Joanesburgo, a capital económica do país.
"O paciente é um homem de 30 anos de Joanesburgo que não tem histórico de viagens, o que significa que não pode ser atribuído a ter sido adquirido fora da África do Sul", anunciou o ministro da Saúde da África do Sul Joe Phaahla.
O governante referiu que o caso foi confirmado através de testes laboratoriais realizados pelos Serviços Laboratoriais de Saúde Pública, acrescentando estar em curso um processo de rastreamento de contactos.
A Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido identificou como grupo de maior risco os homens que fazem sexo com outros homens e que têm múltiplos parceiros, participam em sexo em grupo ou frequentam locais onde o sexo ocorre nas instalações.
A transmissão do vírus não está associada especificamente a relações homossexuais, mas é favorecida pela proximidade resultante de qualquer tipo de relação sexual.
De acordo com as autoridades de saúde, a manifestação clínica da Monkeypox é geralmente ligeira, com a maioria das pessoas infectadas a recuperar da doença em poucas semanas.
Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, nódulos linfáticos inchados, calafrios, exaustão, evoluindo para erupção cutânea.
O período de incubação é tipicamente de seis a 16 dias, mas pode chegar aos 21 e, quando a crosta das erupções cutâneas cai, a pessoa infectada deixa de poder contagiar.