Maputo - O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, pediu hoje o reforço de medidas de prevenção face ao registo de casos positivos do varíola dos macacos em países vizinhos de Moçambique, segundo a Lusa.
"Vamos continuar a (tomar medidas) porque os vizinhos lá do outro lado já têm um ou dois casos", disse o chefe de Estado, durante a inauguração do Hospital Geral da Beira, em Sofala, centro de Moçambique.
O Presidente afirmou que o Ministério da Saúde moçambicano está preocupado e vai procurar travar a eclosão de eventuais casos da doença no país, reforçando o pedido para a tomada de medidas de prevenção da doença.
"Já expliquei que as medidas são quase iguais às da covid-19: lavar as mãos, evitar abraçar de qualquer maneira e usar o álcool (para desinfectar). Como já sabemos o álcool já entrou na nossa moda e mesmo depois da covid-19 ganhamos o hábito de lavar as mãos", disse Filipe Nyusi.
Mais de 22.800 casos e pelo menos 622 mortes por viríola dos macacos foram registados desde Janeiro em 13 países africanos, incluindo a África do Sul, país vizinho de Moçambique, confirmou, na terça-feira, a União Africana.
O Ministério da Saúde de Moçambique anunciou, na segunda-feira, que o país continua sem casos positivos de varíola dos macacos, após análises a sete casos suspeitos da doença registados entre 14 e 26 de Agosto e que deram resultado negativo.
Apesar de não haver casos no país, as autoridades de saúde moçambicanas instalaram pontos de controlo sanitário na Zambézia, província do centro, e vão criar centros de isolamento para prevenir eventuais casos em Sofala e Maputo.
O Instituto Nacional de Saúde (INS) moçambicano disse à Lusa, também na segunda-feira, que está em prontidão laboratorial máxima para fazer a testagem de casos suspeitos de monkeypox no país, acreditando que pode responder a qualquer demanda.
"Em termos de testagem, estamos em prontidão laboratorial máxima. Temos capacidade de aumentar a nossa capacidade e a nossa dinâmica, se for necessário, mas o número de suspeitos (ainda) é baixo, não nos parece que a curto prazo essa seja a nossa preocupação", disse o director nacional do INS, Eduardo Samo Gudo.
Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, tendo o primeiro alerta sido levantado em Maio, depois de a propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo. GAR