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Uganda regista primeira morte por Ébola na capital Kampala

     África              
  • Luanda • Quarta, 12 Outubro de 2022 | 12h19
Bandeira da República do Uganda
Bandeira da República do Uganda
Angop

Kampala - O Uganda registou a primeira morte por Ébola na capital, Kampala, desde o início da epidemia declarada no país em 20 de Setembro, anunciaram as autoridades sanitárias ugandesas, citadas esta quarta-feira pela comunicação social local.

Trata-se de um homem infectado com o vírus que viajou do distrito de Mubende, no centro do país, onde foi registada a origem do surto, para a capital do país.

A vítima mortal estava identificada como tendo sido contagiada, mas fugiu para receber tratamento de um curandeiro tradicional. Ao perceber que o tratamento não funcionava, pediu para ser levado para o Hospital Kiruddu, em Kampala, de acordo com a ministra da Saúde do Uganda, Jane Ruth Aceng, em declarações à comunicação social do país na terça-feira.

Ainda de acordo com a governante, o homem fugiu de Mubende há cerca de uma semana para um bairro na área metropolitana da capital, e morreu na passada sexta-feira, um dia depois de ter sido admitido no hospital.

Aceng referiu que as equipas médicas que trataram o homem estavam atentas ao perigo de contágio e que se protegeram, porque o paciente chegou ao hospital gravemente doente.

Quarenta e duas pessoas com quem o homem pode ter estado em contacto foram identificadas e estão a ser seguidas.

De acordo com a ministra, não existem actualmente outros casos confirmados de Ébola em Kampala, mas a cidade e os distritos circundantes são considerados de alto risco.

O corpo do homem, que se tinha identificado com um nome falso para evitar ser preso, foi reconhecido pelos líderes da comunidade de Mubende, onde foi enterrado.

De acordo com os últimos números oficiais, o surto de Ébola no Uganda acumula agora um total de 54 casos confirmados, incluindo 19 mortes, bem como 20 mortes prováveis de pessoas que morreram antes da introdução dos testes que o confirmaram.

O representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) no Uganda, Yonas Tegegn, explicou na semana passada que o país está a trabalhar em protocolos de importação de dois tipos de vacinas, embora ainda não esteja provada a sua eficácia contra a estirpe Sudão invulgar, responsável pelo surto.

Uma destas vacinas está a ser desenvolvida pelo Sabin Vaccine Institute (norte-americano) e a outra por investigadores da Universidade de Oxford, Reino Unido.

"Neste momento, cientistas ugandeses e internacionais estão a trabalhar para fazer chegar estas vacinas ao Uganda. Mas ainda não temos dados suficientes para as podermos distribuir em grande escala, e os fornecimentos são escassos", afirmou Tegegn, numa conferência de imprensa virtual na passada quinta-feira.

Ao contrário da estirpe Zaire, registada em epidemias da doença na vizinha República Democrática do Congo (RDC), não existe ainda uma vacina aprovada para a estirpe Sudão, que se instalou no Uganda.

O Uganda declarou um surto de ébola em 20 de Setembro na sequência da confirmação de um caso fatal na localidade de Mubende.

A estirpe Sudão não só é menos transmissível como apresenta menor taxa de mortalidade (40% - 100%) que a Zaire (70% - 100%).

O surto de ébola no Uganda afecta já cinco distritos no centro e oeste do país, de acordo com Tegegn.

Este não é o primeiro surto de Ébola no Uganda. A doença matou milhares de pessoas em toda a África, desde a sua descoberta em 1976 na vizinha República do Congo.

A transmissão do vírus nos humanos ocorre através de fluidos corporais, e os principais sintomas são febre, vómitos, hemorragias e diarreias.

As pessoas infectadas só se tornam contagiosas após o início dos sintomas, que se manifestam depois de um período de incubação que varia de dois a 21 dias.

A doença tem seis estirpes diferentes, três das quais (Bundibugyo, Sudão, Zaire) já causaram grandes epidemias.

Países como a RDC, Quénia, Tanzânia, Ruanda e Somália estão em alerta para evitar uma possível propagação do vírus.

O vírus atingiu vários países da África Ocidental entre 2014 e 2016, causando a morte de 11.300 pessoas, entre mais de 28.500 casos registados.



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