União Africana pede ajuda internacional contra a cólera

     África              
  • Luanda • Quinta, 06 Abril de 2023 | 14h43

Adis Abeba - Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da União Africana (UA) apelaram hoje ao "apoio" da comunidade internacional para combater os surtos de cólera em Moçambique e no Malawi, recentemente agravados pelos impactos do ciclone tropical Freddy.

"As infra-estruturas sanitárias e sociais de Moçambique e do Malawi foram danificadas. Apelamos a todos aqueles que têm a capacidade de ajudar a cooperar com estes países para restabelecer a normalidade", disse o director em exercício do CDC para África, Ahmed Ogwell, numa conferência de imprensa online.

"As respostas (nestas duas nações africanas) exigem uma abordagem humanitária", acrescentou Ogwell, que salientou a necessidade de assegurar o fornecimento de água potável, a eliminação adequada de resíduos humanos e comunicações inter-regionais, entre outras medidas urgentes.

Embora o médico queniano tenha observado uma diminuição de 60% nos novos casos de cólera detectados em todo o continente esta semana, em comparação com a última, lamentou que a taxa de mortalidade por esta doença continue a ser demasiado elevada.

"Estamos a trabalhar para manter a taxa de mortalidade abaixo de 1%, o que é recomendado pelos padrões internacionais, mas estamos actualmente a registar uma taxa de 2%", disse.

As autoridades moçambicanas comunicaram pelo menos 101 mortes por cólera e cerca de 23 mil infecções desde Setembro passado, enquanto 1.727 pessoas morreram da doença desde Março de 2022 no Malawi, onde 59.968 casos foram detectados até à data.

Ogwell advertiu que a doença, que está presente em dez países africanos, poderia continuar a alastrar a novas nações.

O ciclone Freddy, um dos mais longos da história, atingiu Moçambique duas vezes, entre Fevereiro e Março, provocando inundações, destruindo casas e fazendo mais de 676 mortos no Malawi, segundo o Departamento de Gestão de Desastres. Em Moçambique, mais de 161 pessoas morreram.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) observou que os surtos de cólera se multiplicaram devido à crescente ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos, tais como inundações e secas, bem como guerras e deslocações forçadas de populações, o que limita o acesso à água potável.

Trata-se de uma doença diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminada com o bacilo vibrio cholerae.

A OMS continua a descrevê-la como "uma ameaça global à saúde pública e um indicador de iniquidade e falta de desenvolvimento". JM



Tags


Fotos em destaque

Prevenção de acidentes rodoviários vence prémio da feira tecnológica

Prevenção de acidentes rodoviários vence prémio da feira tecnológica

 Terça, 17 Setembro de 2024 | 12h04

Mais de quatrocentos reclusos frequentam ano lectivo no Bentiaba (Namibe)

Mais de quatrocentos reclusos frequentam ano lectivo no Bentiaba (Namibe)

 Terça, 17 Setembro de 2024 | 12h01

Angola sem registo de casos da varíola dos macacos

Angola sem registo de casos da varíola dos macacos

 Terça, 17 Setembro de 2024 | 11h54

Divisão das Lundas fruto da estratégica de Agostinho Neto

Divisão das Lundas fruto da estratégica de Agostinho Neto

 Terça, 17 Setembro de 2024 | 11h50

Merenda Escolar chega a mais de três mil crianças dos Gambos (Huila)

Merenda Escolar chega a mais de três mil crianças dos Gambos (Huila)

 Terça, 17 Setembro de 2024 | 11h45

Nhakatolo Ngambo torna-se na 6ª rainha do povo Luvale

Nhakatolo Ngambo torna-se na 6ª rainha do povo Luvale

 Terça, 17 Setembro de 2024 | 11h41

Parques nacionais de Mavinga e Luengue-Luiana com mais de 10 mil elefantes

Parques nacionais de Mavinga e Luengue-Luiana com mais de 10 mil elefantes

 Terça, 17 Setembro de 2024 | 11h37

Angola produz óleo alimentar acima de cem por cento

Angola produz óleo alimentar acima de cem por cento

 Terça, 17 Setembro de 2024 | 11h34


A pesquisar. PF Aguarde 👍🏽 ...
+