Juba - Pelo menos 30 mil pessoas fugiram da violência entre grupos armados no leste do Sudão do Sul em menos de uma semana, afirmou hoje (29) o gabinete humanitário da Organização das Nações Unidas.
Os confrontos entre grupos armados, que começaram a 24 de Dezembro, forçaram 30 mil pessoas a fugir para a região administrativa de Grande Pibor, incluindo mulheres e crianças, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), que também relatou "roubo de gado" e "destruição de propriedade".
"As pessoas já sofreram o suficiente. Os civis, especialmente os mais vulneráveis, mulheres, crianças, idosos e deficientes, estão a suportar o peso desta crise contínua", disse Sara Beysolow Nyanti, coordenadora humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) no Sudão do Sul, numa declaração.
Os confrontos entre milícias são comuns no Sudão do Sul. Pelo menos 166 pessoas foram mortas e 237 feridas em quatro meses em confrontos entre milícias armadas no estado do Alto Nilo, no noroeste do Sudão meridional, disse o Alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, em 14 de dezembro.
Segundo a ONU, cerca de 9,4 milhões de pessoas necessitarão de assistência humanitária em 2023 no Sudão do sul que tem 11,4 milhões de habitantes.