Kinshasa - O número de testes de despistagem do vírus da Varíola dos Macacos continua a ser reduzido na República Democrática do Congo (RDC), o país mais afectado pela epidemia, lamentou a Organização Mundial da Saúde (OMS).
"A cobertura de testes na RDC continua a ser baixa, devido à capacidade limitada de testes", afirmou a agência de saúde da ONU no último relatório sobre a situação divulgado no sábado.
"Devido ao acesso limitado a testes laboratoriais em áreas remotas, apenas cerca de 40% dos casos suspeitos foram testados em 2024 (em comparação com 9% em 2023) e, destes, cerca de 55% tiveram resultados positivos", acrescentou a OMS.
Os três países que notificaram o maior número de casos suspeitos no ano até 08 de Setembro foram a RDC, com mais de 21.000 casos e 700 mortes, seguida do Burundi (1.489 casos suspeitos, sem mortes) e da Nigéria (935 casos suspeitos, sem mortes).
Em 14 de Agosto, a OMS declarou uma emergência internacional para a Varíola dos Macacos.
Em termos de disponibilidade mundial de vacinas, a OMS afirmou que tinham sido prometidas mais de 3,6 milhões de doses, incluindo mais de 620 mil doses de vacina MVA-BN provenientes de países europeus, dos Estados Unidos e do fabricante Bavarian Nordic.
O Japão comprometeu-se a fornecer três milhões de doses da vacina LC16. Até à data, foram entregues 265 mil doses da vacina MVA-BN à RDC e 10.000 à Nigéria.
África registou 26.543 casos de Varíola dos Macacos (5.731 confirmados) e 724 mortes pela doença, antes conhecida como varíola do macaco, desde o início do ano, informou o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC Africa) na quinta-feira.
A doença transmite-se sobretudo pelo contacto próximo com pessoas infectadas, incluindo por via sexual. JM
