Adis Abeba - O Conselho de Paz e Segurança da União Africana expressou hoje profunda preocupação com o aumento das tensões entre a República Democrática do Congo (RDC) e Rwanda, resultando em mortes, feridos e deslocamentos.
Um comunicado divulgado nas redes sociais da organização continental, adoptado na 1256ª reunião ministerial de emergência do Conselho (CPS) realizada na véspera, condenou veementemente os atrozes ataques do Movimento 23 de Março (M23) e alertou que os envolvidos devem ser responsabilizado por seus actos.
Segundo o texto, as actividades das Forças Democráticas Aliadas (ADF) e das Forças Democráticas para a Libertação do Rwanda (FDLR) agravaram a insegurança e o sofrimento da população no leste da RDC.
O CPS exigiu que o M23, as ADF e as FDLR, bem como outros grupos armados que operam no leste de Kinshasa, cessassem imediata e incondicionalmente os seus ataques, dispersassem e deporem permanentemente as suas armas.
Da mesma forma, apelou à retirada imediata e incondicional do M23 de Minova, Sake, Goma e outras áreas ocupadas, bem como de todos os outros grupos armados e terroristas estrangeiros que operam em território congolês.
O Conselho de Paz e Segurança da União Africana condenou inequivocamente qualquer apoio militar estrangeiro prestado ao M23 e a outras guerrilhas que operam no leste da RDC, exigindo a cessação imediata de tal ajuda e a retirada de qualquer parte externa do país.
Por último, elogiou os esforços do líder angolano, João Manuel Lourenço, como Presidente da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos e Advogado da UA para a Paz e Reconciliação, por facilitar o diálogo entre Kinshasa e Kigali e instou a continuar a expandir a sua cooperação e colaboração aos esforços do facilitador. JM