Darfur - Pelo menos 48 pessoas morreram no Sudão devido às cheias verificadas desde o início da estação chuvosa, em Julho, causando também o colapso de mais de 3.500 casas, afirmou hoje (sexta-feira) o porta-voz do Conselho de Defesa Civil sudanês.
À agência noticiosa Efe, Abdeljalil Adbelrahim disse que "48 pessoas perderam a vida e outras 24 ficaram feridas", esclarecendo que algumas das vítimas morreram devido a raios ou picadas de escorpião.
Segundo a mesma fonte, 3.564 casas ruíram e 1.118 ficaram parcialmente afectadas. Além disso, 71 infra - estruturas de serviços públicos também colapsaram e centenas de cabeças de gado morreram devido às cheias.
O Ministério da Irrigação e Recursos Hídricos registou hoje um aumento de 11 centímetros do nível das águas do rio Nilo face a quinta-feira, tendo apelado aos residentes em áreas ribeirinhas para que tomassem precauções.
De acordo com dados do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), 55.000 pessoas foram afectadas pelas chuvas e inundações em 11 estados sudaneses desde Julho.
No ano passado, o Sudão sofreu as chuvas mais intensas em 100 anos, de acordo com o Governo, que levaram a uma catástrofe humanitária devido a inundações pelo enchimento do Nilo, matando 120 pessoas, atingindo 100.000 casas e provocando 600.000 deslocados.