Bamakp - As forças de segurança da Somália mataram na sexta-feira 70 supostos membros do grupo terrorista Al-Shabab em confrontos na cidade de Bahdo, localizada no Estado de Galmudug, no norte, segundo o último balanço das autoridades estaduais.
O anterior balanço apontava para 60 mortos.
Citado pela agência Europa Press, o presidente daquele Estado federal, Ahmed Abdi Kariye Qoor, elogiou a "derrota" do grupo terrorista como "histórica" e aplaudiu a população de Bahdo pela sua coragem exemplar, segundo o portal de notícias Goobjoog.
"Povo de Bahdo, esta manhã deram uma lição inesquecível aos terroristas que vos atacaram. Enviaram uma mensagem de coragem e proclamaram que os dias em que os terroristas se escondem no nosso país estão a chegar ao fim", declarou, por sua vez, o Presidente do país, Hassan Sheikh Mohamoud.
O ministro da Informação de Galmudug, Ahmed Shire, indicou que membros do Al-Shabab lançaram um ataque contra a cidade e provocaram confrontos com o exército, não existindo até ao momento dados sobre baixas entre as forças somalis, segundo a agência somali de notícias SONNA.
As autoridades regionais também indicaram que as forças somalis apreenderam um veículo com explosivos que iria ser usado para atacar uma posição militar.
Por sua vez, o Al-Shabab divulgou, através dos seus canais de propaganda, que o ataque resultou na morte de 27 membros das forças locais e confirmou nove mortos entre os seus membros, conforme relatado pelo portal de notícias somali Guardian.
A Somália enfrenta um aumento no número de ataques da milícia islâmica Al-Shabab, tanto na capital, Mogadíscio, como em outras áreas do sul do país, o que levou o novo Presidente a prometer que concentrará os seus esforços em questões de segurança durante os primeiros 100 dias do seu mandato.
Em 15 de Maio, a eleição de Mohamoud para um segundo mandato, após ter sido Presidente entre 2012 e 2017, foi saudada pela comunidade internacional, pois marcou o fim de mais de um ano de crise política.
Ainda assim, a Somália vive um cenário de conflito e caos desde que o líder Mohamed Siad Barre foi derrubado em 1991, deixando o país sem um Governo eficaz e nas mãos de senhores da guerra e milícias islâmicas.
De acordo com as Nações Unidas, há cerca de 7,1 milhões de somalis, o equivalente a quase metade da população, a passar fome.
Apesar dos repetidos apelos das organizações humanitárias, só foram angariados 18% dos estimados 1,5 mil milhões de dólares (1,43 mil milhões de euros) necessários para evitar uma repetição da fome de 2011, que matou 260.000 pessoas.