Pesquisando. PF Aguarde 👍🏽 ...

Governo somali rejeita plano para missão de manutenção da paz

     África              
  • Luanda • Terça, 12 Outubro de 2021 | 16h20

Mogadíscio - O governo da Somália rejeitou hoje um plano para a criação de uma missão conjunta de manutenção da paz da União Africana (UA) e das Nações Unidas, que substituiria a actual missão da UA no país (AMISOM), cujo mandato termina a 31 de Dezembro.

Numa declaração emitida na segunda-feira, o Conselho de Paz e Segurança da UA expressou o seu apoio à criação de uma "Missão de Estabilização Multidimensional UA-ONU na Somália", que "asseguraria um financiamento plurianual previsível e sustentável para a futura missão".

Contudo, o Executivo somali, "rejeitou hoje fortemente" esta ideia, num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O governo somali recordou a Resolução 2568, adoptada este ano pelo Conselho de Segurança da ONU, que reconhece "a necessidade de uma missão, pós-2021, da UA reconfigurada", que permitiria ao exército somali assumir "a responsabilidade primária pela segurança".

O Conselho de Segurança solicitou à UA e ao governo somali um "conceito conjunto de operações em conformidade com o Plano de Transição da Somália até ao final de 2023, e em estreita cooperação com a ONU e parceiros internacionais", a ser apresentado, o mais tardar, até 31 de Outubro, recorda o governo de Mogadíscio.

O governo somali concluiu que o Conselho de Paz e Segurança da UA "deve reconhecer que qualquer missão transitória da UA dependerá do consentimento do país anfitrião".

Desde 2007, a AMISOM, que tem cerca de 20.000 soldados na Somália e opera sob aprovação da ONU, tem ajudado as forças governamentais somalis na sua batalha para estabilizar aquele país do Corno de África, principalmente contra o grupo 'jihadista' Al Shabab.

Na sua nota de segunda-feira, o Conselho de Paz e Segurança da UA expressou a sua "profunda preocupação com o agravamento da situação de segurança na Somália, que assistiu a um ressurgimento preocupante das actividades do Al Shabab e de outros grupos terroristas em grande parte do país".

Tanto a capital somali, Mogadíscio, como outras cidades são frequentemente atacadas pelo Al Shabab, um grupo afiliado da rede Al-Qaeda desde 2012, que controla áreas rurais no centro e sul da Somália, onde procura estabelecer um estado islâmico ultraconservador.

O país está também mergulhado numa crise política, devido aos constantes adiamentos das eleições parlamentares e presidenciais e às tensões entre o chefe de Estado, Mohamed Abdullahi Mohamed Farmaajo, e o seu primeiro-ministro, Mohamed Hussein Roble, que desvia a atenção da luta contra os jihadistas.

A Somália encontra-se num estado de conflito e caos desde 1991, quando o presidente Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo eficaz e nas mãos de senhores da guerra e milícias islâmicas, como o Al Shabab.





Fotos em destaque

CSMJ lança concurso público para provimento da vaga de presidente da CNE

CSMJ lança concurso público para provimento da vaga de presidente da CNE

 Quinta, 06 Fevereiro de 2025 | 11h27


Notícias de Interesse

A pesquisar. PF Aguarde 👍🏽 ...
+