Lilongwe - O número de mortos no naufrágio de uma canoa na segunda-feira, depois de ter chocado com um hipopótamo no rio Mtayamoyo, Malawi, subiu para sete, depois de as autoridades terem localizado mais seis corpos na zona.
De acordo com o portal de notícias Malawi24, a porta-voz da polícia de Nsanje, Agnes Zalakoma, disse que as vítimas mortais incluem um adolescente, enquanto os restantes são adultos. A primeira vítima confirmada foi uma criança.
O responsável explicou, ainda, que todos os falecidos eram residentes na aldeia de Chimzeti, acrescentando que os esforços de busca continuam activos na zona para tentar localizar as outras 17 pessoas, que foram dadas como desaparecidas.
Gladys Ganda, deputada por Nsanje, disse numa mensagem na sua conta do Facebook, na segunda-feira, que "as pessoas estavam a atravessar o rio para o lado moçambicano, onde se dedicam a actividades agrícolas".
A deputada explicou à Voz da América, nos Estados Unidos, que "Mtayamoyo significa “armadilha mortal”.
"Atravessa-se o rio por sua conta e risco porque está infestado de crocodilos e hipopótamos e as canoas que operam na zona não são motorizadas", disse ela, antes de sublinhar que este acontecimento poderia ter sido evitado com a construção de uma ponte sobre o rio.
O rio Shire é o maior do Malawi, perto da fronteira com Moçambique, e os acidentes com embarcações são frequentes neste país, onde a falta de transporte fluvial regular leva muitas pessoas a atravessar lagos e rios em barcos e canoas, por vezes em mau estado.
No mês passado, pelo menos cinco pessoas morreram quando um barco sobrelotado naufragou no distrito central de Mchinji. CNB/CS