Maputo – O número de vítimas mortais do ciclone Chido, que devastou o norte de Moçambique no dia 14 deste mês, subiu para 120, confirmaram hoje, em Maputo,as autoridades moçambicanas.
O furação Chido deixou também mais de 860 feridos.
O Instituto Nacional de Gestão de Riscos e Desastres Naturais indicou através de um novo balanço actualizado que do total de mortes devido ao fenómeno atmosférico, que afectou os territórios de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, 110 ocorreram na primeira demarcação, o número mais elevado registado.
Segundo a entidade governamental, mais de 688 mil residentes foram afectados pelo evento meteorológico, tendo cerca de 150 mil residências e centros de saúde destruídos após os ataques de ventos fortes e inundações.
Anteriormente, o Fundo das Nações Unidas para a Infância informou que entre as vítimas, cerca de 90 mil crianças moçambicanas sofreram os efeitos do ciclone, o que complica a situação humanitária em zonas de conflito.
A população de Cabo Delgado, por exemplo, sofre há sete anos os efeitos adversos dos confrontos armados, que provocaram a deslocação de mais de 1,3 milhões de habitantes até à data.
Frequentemente, nos últimos anos, Moçambique, um país da África Austral, tem sofrido as consequências das alterações climáticas, com chuvas excessivas em algumas partes e secas extremas noutras. JM