Nova Iorque - O secretário-geral da Organização Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou o golpe militar em curso no Sudão nesta segunda-feira. Por meio de um Twitter, ele também pediu a soltura do primeiro-ministro.
"Condeno o golpe militar em curso no Sudão. O primeiro-ministro Hamdok e todos os outros funcionários devem ser libertados imediatamente. Deve haver total respeito pela carta constitucional para proteger a transição política duramente conquistada. A ONU continuará a apoiar o povo do Sudão".
Homens armados não identificados prenderam nesta manhã vários dirigentes sudaneses, após semanas de tensões entre autoridades militares e civis que fazem parte do governo de transição do país.
A maioria dos ministros, entre eles o primeiro-ministro, foram detidos.
A prisão da maior parte dos ministros e dos civis membros do Conselho de Soberania, que governa temporariamente o país, aumenta a tensão neste país da África ocidental.
As Forças Armadas detêm num local não identificado o primeiro-ministro sudanês, Abdalla Hamdok, depois que ele se recusou a apoiar um "golpe de Estado", indica o comunicado divulgado pelo Ministério da Informação do Sudão.
A Amnistia Internacional, ONG que protege os direitos humanos, também foi ao Twitter repudiar o golpe militar. "Estamos preocupados com a escalada das tensões no Sudão após a suposta prisão do primeiro-ministro e de outros líderes civis e a imposição de um encerramento da internet".
A organização fez um apelo para que os autores do golpe respeitem os direitos humanos.
"A Amnistia Internacional apela às autoridades no Sudão que respeitem os direitos humanos - incluindo o direito à vida, direito à liberdade de associação, expressão e reunião, tanto offline como na internet.
O direito ao protesto pacífico deve ser respeitado, agora mais do que nunca".