Freetown - A Serra Leoa confirmou hoje um caso de infecção pelo vírus de Varíola dos Macacos, o primeiro desde que entrou em vigor o mais elevado nível de alerta a nível global devido ao número de contágios em África.
"O paciente é um homem de 27 anos do Distrito Rural da Zona Ocidental (perto da capital Freetown). As equipas de saúde estão a acompanhar e a investigar activamente para identificar possíveis pessoas expostas e evitar uma maior propagação" do vírus, adiantou a Agência Nacional de Saúde Pública numa declaração nas suas redes sociais.
O caso foi confirmado através de testes realizados em 10 de Janeiro, adiantou a autoridade de saúde da Serra Leoa, sem especificar qual a variante do vírus que contagiou o paciente.
A agência de saúde pública garantiu ainda que a resposta foi activada rapidamente, com o doente a ser colocado em tratamento e em isolamento, os seus contactos sob vigilância durante 21 dias e aumentada a vigilância nas áreas onde tinha permanecido nos últimos dias.
Em 14 de Agosto de 2024, a Organização Mundial da Saúde declarou o aumento de casos de Varíola dos Macacos na República Democrática do Congo e em vários países africanos como uma emergência de saúde pública internacional, um nível de alerta que decidiu manter no final de Novembro, com base no número crescente de infecções e na sua dispersão geográfica.
Os últimos dados da Direcção-Geral da Saúde, disponibilizados em 30 de Novembro, indicavam que Portugal tinha identificado 1.208 casos confirmados de Varíola dos Macacos desde Maio de 2022, quando foi detectada a presença do vírus em Portugal, registando também duas mortes.
Os sintomas mais comuns da infecção são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas. JM