Nova Iorque – O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou quinta-feira, nos termos mais fortes, a ofensiva renovada lançada pelo Movimento 23 de Março (M23) desde o início do ano e a sua expansão para Kivu Norte e Kivu Sul, na República Democràtica do Congo (RDC).
Segundo o porta-voz do líder da ONU, Stéphane Dujarric, esta ofensiva tem um preço devastador para a população civil e aumenta o risco de uma guerra regional mais ampla. A este propósito, Guterres pediu ao M23 que cesse imediatamente a sua ofensiva, retire-se de todas as áreas ocupadas e cumpra o acordo de cessar-fogo de 31 de Julho de 2024. Guterrez está tamém profundamente preocupado com o relatório mais recente do Grupo de Peritos estabelecido de acordo com a Resolução 1533 do Conselho de Segurança, sobre a presença de tropas rwandesas em solo congolês e o apoio contínuo ao M23. O secretário-geral da ONU aproveitou a ocasião para apelar a todos os actores para que respeitem a soberania e a integridade territorial da RDC e acabem com todas as formas de apoio a grupos armados, sejam eles congoleses ou estrangeiros. Reafirmou, por outro lado, o seu apoio inabalável aos esforços de paz liderados pelo Presidente angolano, João Lourenço, para diminuir as tensões entre a RDC e Rwanda e o elogiou pelo progresso feito até agora. Exortou as partes a permanecerem engajadas no processo de Luanda e a manterem o ímpeto na neutralização das FDLR e na retirada das forças rwandesas, bem como na rápida operacionalização do Mecanismo de Verificação Ad-Hoc Reforçado. “Exorto todas as partes a defender os direitos humanos e o direito internacional humanitário, inclusive garantindo acesso imediato e irrestrito às populações que precisam de assistência humanitária e respeitando o carácter civil dos locais de pessoas deslocadas internamente. Reafirmou igualmente a determinação da MONUSCO de implementar o seu mandato para proteger civis. Condena veementemente a ação de qualquer parte que coloque em risco a segurança dos capacetes azuis e do pessoal civil da ONU. JM