São Tomé - A posse de Carlos Vila Nova como Presidente da República de São Tomé e Príncipe, prevista para 29 de Setembro, foi adiada para 02 de Outubro, adiantou à Lusa fonte do gabinete do chefe de Estado eleito.
O adiamento deve-se à dificuldade de conciliar agendas dos chefes de Estado e de Governo que poderão estar presentes na cerimónia de posse, dada a realização, entre 21 e 27 deste mês, da assembleia-geral das Nações Unidas, na sede da organização, em Nova Iorque.
Carlos Vila Nova vai suceder na Presidência são-tomense a Evaristo Carvalho, cujo mandato foi prolongado em cerca de um mês devido a atrasos no processo eleitoral, na sequência de uma reclamação do terceiro classificado na primeira volta, Delfim Neves, que paralisou o Tribunal Constitucional durante duas semanas.
Tradicionalmente, os mandatos presidenciais em São Tomé e Príncipe começam e terminam no dia 03 de Setembro, mas a segunda volta realizou-se a 05 de setembro, quase um mês depois do calendário previsto inicialmente.
Vila Nova, apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI, oposição) venceu a segunda volta das eleições, com 57,6% dos votos, correspondentes a 45.534 votos. Guilherme Posser da Costa, apoiado pelos partidos que compõem a 'nova maioria' (Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe -- Partido Social Democrata, Partido da Convergência Democrática e coligação UDD/MDFM), obteve 42,4% dos votos, correspondentes a 33.585 votos.
No dia seguinte ao da eleição, o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou Carlos Vila Nova e indicou que tenciona estar presente na sua posse.
Na ocasião, o chefe de Estado português transmitiu a Carlos Vila Nova "votos de sucesso, bem como de desenvolvimento e aprofundamento das relações entre Portugal e São Tomé e Príncipe".
Esta sexta-feira, o parlamento português autorizou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a deslocar-se a São Tomé e Príncipe entre os dias 28 e 30 de setembro, para a posse do novo Presidente.
O assentimento da Assembleia da República às deslocações do chefe de Estado é uma formalidade imposta pela Constituição, que estabelece que o Presidente da República não pode ausentar-se do território nacional sem autorização do parlamento.
Marcelo Rebelo de Sousa estará de visita a São Tomé e Príncipe entre os dias 28 e 30 de Setembro, "para representar Portugal na cerimónia da tomada de posse do novo Presidente da República", indica o voto.