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São-Tomé e Principe: Chefe do Estado-Maior demite-se após ataque a quartel militar

     África              
  • Luanda • Quinta, 01 Dezembro de 2022 | 18h34
Bandeira de Sao Tomé e Príncipe
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Divulgaçao

Príncipe - O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe pediu hoje a demissão, denunciando "actos de traição" e condenando os "factos horrorosos" que envolveram a morte de quatro detidos após um ataque ao quartel-general militar.

"Acabei de entregar a sua excelência o Presidente da República e comandante supremo das Forças Armadas o meu pedido de demissão", anunciou hoje em conferência de imprensa o brigadeiro Olinto Paquete.

Citando o pedido de demissão que remeteu a Carlos Vila Nova, o responsável afirmou que, perante o assalto ao quartel-general militar por "um grupinho de indivíduos à paisana, com ajuda de militares do exército", ocorrido na passada sexta-feira, a reacção das Forças Armadas "foi pronta, mas demorada".

"O nosso objetivo era a preservação da vida, o que durante a operação foi conseguido. Os factos posteriores, inexplicáveis, horrorosos, comprometeram tudo de bom que foi feito", adiantou.

"Parece-me que foi uma encomenda, pois obedeceu a um plano criteriosamente estabelecido, culminando com a publicação de imagens na quarta-feira, pelas 18:00 locais de coisas que eu não sabia porque me informaram com dados falsos", disse.

O brigadeiro reconheceu ter prestado "informações falsas à nação" sobre a morte dos quatro detidos, que tinha justificado antes com ferimentos causados por uma explosão, no caso dos três assaltantes, e, no caso do suposto mandante do ataque Arlécio Costa - detido após o ataque pelos militares - por se ter "atirado da viatura".

"Peço desculpas. A minha educação e a minha formação não me permitem aceitar tal atrocidade e atos de traição que lesam a pátria", afirmou ainda, justificando desta forma o seu pedido de demissão, que ocorre poucas horas depois de uma reunião convocada pelo chefe de Estado com as altas patentes do exército, e com o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, e o ministro da Defesa e Ordem Interna, Jorge Amado.

Esta quarta-feira foram divulgados nas redes sociais vídeos que mostram um detido - que viria a morrer -, deitado no chão, ensanguentado e com as mãos amarradas atrás das costas, a ser agredido por um militar com um pau, enquanto vários outros militares assistem. Outras imagens mostram detidos deitados ou ajoelhados no terreiro do quartel, com as mãos amarradas e com ferimentos.

Hoje de manhã, o Governo são-tomense anunciou ter feito uma denúncia ao Ministério Público para que investigue a "violência e tratamento desumano" de militares contra detidos após o ataque ao quartel-general das Forças Armadas.

O assalto foi classificado pelas autoridades são-tomenses como "uma tentativa de golpe de Estado" e condenado pela comunidade internacional.





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