Luanda - A morte de Sam Nujoma, líder guerrilheiro e primeiro presidente após a independência da Namibia, constituiu um dos assuntos de destaque do noticiário africano da ANGOP durante a semana que hoje finda.
Sam Nujoma, considerado um herói da nação namibiana, morreu aos 95 anos, num hospital de Windhoek onde esteve acomodado há três meses devido a uma doença da qual não conseguiu se escapar.
Nujoma permaneceu no poder durante quinze anos, com a bandeira da SWAPO, partido de que foi co-fundador em 1960, isto é cumpriu três mandatos consecutivos, e deixou o poder em 2005, aos 75 anos.
O presidente da Namibia, Nangolo Mbumba, numa declaração disse que Sam Nujoma "viveu uma vida longa e significativa, na qual serviu excepcionalmente bem o povo de seu amado país”.
Outro assunto destacado no últimos sete dias foi a exigênia feita pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, para se pôr fim ao apoio externo e do fluxo de armas no Sudão, que, segundo disse, “alimenta a guerra entre o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido desde Abril de 2023.
Guterres fez este pedido em Adis Abeba (capital da Etiópia) na Conferência Humanitária de Alto Nível para o Povo do Sudão, na véspera da cimeira da União Africana (UA) que decorre este fim de semana, na Côte d’Ivoire (Abidjan).
Ainda em relação ao Sudão, a Etiópia através do seu Primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, reafirmou o seu apoio inabalável ao Sudão ao co-organizar a Conferência Humanitária de Alto Nível para o povo daquele país vizinho.
O evento foi co-organizado pela União Africana (UA), os Emirados Árabes Unidos e a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD).
A ANGOP divulgou também no seu noticiário a propagação do conflito na província de Kivu Sul, na República Democrática do Congo (RDC), que está a dificultar o acesso à ajuda humanitária numa área com mais de 1,65 milhões de pessoas deslocadas.
O coordenador humanitário na RDC, Bruno Lemarquis, alertou que o avanço do Movimento 23 de Março (M23) dentro desta demarcação com o apoio do Rwanda, aproxima a linha da frente do aeroporto de Kavumu, reservado às operações do Exército congolês e principal apoio para o transporte de pessoal humanitário.
Lemarquis acrescentou que persistem conflitos e tensões comunitárias em Kivu Sul sobre questões de terra, e que é uma área propensa a desastres, particularmente deslizamentos de terra nas margens do Lago Kivu, que levam à deslocação da população.
Já na África do Sul, o Presidente Cyril Ramaphosa reiterou o compromisso do seu país em apoiar uma solução diplomática que garanta a estabilidade na República Democrática do Congo (RDC) e nos países vizinhos.
Ramaphosa disse que o seu país apoia o direito do povo congolês democrático viver livre de forças que violam os seus direitos humanos, saqueiam os recursos naturais e aterrorizam as suas comunidades.
"A África do Sul solidariza-se com o povo congolês e com a sua aspiração de viver em paz e segurança. Por isso, reafirmamos o nosso compromisso com uma solução diplomática e política que dê prioridade à estabilidade da RDC e dos países vizinhos e salvaguarde a paz e o bem-estar do povo congolês ", sublinhou.
E na Libéria, o Presidente Joseph Boakai suspendeu mais de 450 altos funcionários do Governo, incluindo ministros, por não declararem os seus bens à agência anti-corrupção.
Segundo a Presidência, os altos funcionários estarão afastados do trabalho sem remuneração durante um mês ou “até apresentarem as declarações exigidas”.
O Chefe de Estado disse que as autoridades violaram o código de conduta dos funcionários do Estado ao não serem transparentes sobre o que possuíam.MOY/CS