Luanda – A tomada de posse do presidente eleito de Moçambique e a indicação do novo primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, constituíram os destaques do noticiário africano, durante a semana que hoje finda.
O presidente eleito de Moçambique, Daniel Chapo, foi oficialmente empossado quarta-feira (15) na Praça da Independência, na capital Maputo, assistida por cerca de 2500 convidados.
Chapo, que lidera o partido Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), jurou "cumprir fielmente a função de presidente da República" pelos próximos cinco anos.
Aos 48 anos, Daniel Chapo sucede à Felipe Nyusi, que esgotou o seu limite de dois mandatos no país.
No seu primeiro discurso, o político prometeu "dedicar todas as energias à defesa, promoção e consolidação da unidade nacional, dos direitos humanos, da democracia e do bem-estar do povo moçambicano.
Em São Tomé e Príncipe, o presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, nomeou o ex-ministro das Finanças Américo Ramos como novo Primeiro-ministro.
O Presidente são-tomense nomeou o actual governador do Banco Central, Américo Ramos, rejeitando o nome indicado pela Acção Democrática Independente (ADI), que venceu as últimas eleições.
Américo Ramos foi secretário-geral da ADI e ministro das Finanças em dois Governos do ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada.
Ainda nos últimos sete dias, o presidente de Cabo-Verde, José Maria das Neves, disse que "não faz sentido nenhum" a sugestão do líder parlamentar do Movimento pela Democracia (MpD, poder) para que o Estado peça desculpas pelos anos de partido único.
"Não faz sentido nenhum, 50 anos depois já fizemos a abertura para a democracia, várias eleições, os cidadãos já avaliaram os políticos, os dois principais partidos já exerceram o poder", afirmou o Presidente José Maria Neves, defendendo que não há necessidade de "abrir feridas e criar mais fissuras na sociedade".
Também no período em análise, o Presidente do Rwanda, Paul Kagame, solicitou à República Democrática do Congo (RDC) para negociar com os rebeldes do M23, movimento que, nos últimos dias, assumiu o controlo de cidades importantes no leste deste país.
Em Julho de 2024, Kinshasa assinou um cessar-fogo com o M23, que entrou em vigor em Agosto, mas os combates recomeçaram.
Para além de negociar com a liderança do M23, Kagame disse que as autoridades democrático-congolesas também têm de lidar com a ameaça à segurança nacional do Rwanda decorrente da presença na RDC de outro grupo armado, a FDLR.
O noticiário africano da ANGOP destacou igualmente a assinatura de um acordo entre o Banco Mundial, OMS e o Unicef. de 80 milhões de euros para melhoramento do sistema de saúde no Sudão, que vai ajudar oito milhões de pessoas vulneráveis.
Mais de 70% dos hospitais e instalações de saúde nas zonas em guerra no Sudão desde 15 de Abril de 20923, não estão operacionais pois foram danificadas ou destruidas durante a guerra, segundo a OMS. MOY/CS